sociedade
Talibã quer substituir líderes do Afeganistão por “governo islâmico”
Grupo radical islâmico quer usar acordo com EUA para tomar poder.
O grupo extremista Talibã, teria dito as autoridades iranianas na terça-feira (2) que as negociações de paz com os Estados Unidos poderiam ajudar na mudança de governo no Afeganistão, possibilitando um regime islâmico no país, mas Washington teria resistido ao acordo.
Apesar de o Afeganistão já ser considerado parcialmente islâmico, já que é regido em parte pela sharia, ou lei islâmica, o Talibã quer assumir o governo no país, referindo-se a si mesmo como o “Emirado Islâmico do Afeganistão”.
Sob a administração do ex-presidente Donald Trump, os Estados Unidos decidiram retirar seus militares do país em troca de um acordo por parte do Talibã de que pararia de abrigar terroristas de grupos jihadistas internacionais, como a Al-Qaeda e que pararia de atacar as forças dos americanas.
A nova administração dos Estados Unidos, sob o presidente Joe Biden, acusou o Talibã de não cumprir seus acordos e expressou dúvidas sobre a retirada dos militares do país até maio. Os desacordos levaram o Talibã a procurar ajuda de Teerã.
“Com base no acordo, (US-Taliban acordo de paz), este governo será dissolvido e outro governo será formado com base nas negociações intra-afegão”,. disse Suhail Shaheen, negociador do Talibã.
De acordo com o Khaama Press, Shaheen e seus colegas negociadores declarando que, após a conclusão das negociações de paz com os Estados Unidos, “o novo governo islâmico do Afeganistão surgirá”.
“Suhail Shaheen acrescentou que o acordo do Taleban com os Estados Unidos é de que um novo governo islâmico seja formado, o que significa que o atual governo será derrubado, e isso ocorrerá como resultado das negociações de paz intra-afegãs”, relatou Khaama.
A informação não foi confirmada por nenhum funcionário dos Estados Unidos, mas expressaram apoio ao governo do presidente Ashraf Ghani, prometendo proteger a atual estrutura do governo local, o que desagradaria o grupo sob suas intenções de tomar o poder.