Trans vence competição de ciclismo feminino de elite, nos EUA

Na última semana, Austin Killips, de 27 anos, um homem biológico que se identifica como mulher, venceu a Tour of the Gila, uma corrida feminina de ciclismo no Novo México, Estados Unidos, com a chancela do órgão regulador mundial do ciclismo, a Union Cycliste Internationale (UCI).

Segundo o The Telegraph, a vitória de Austin representa seu resultado mais significativo até agora, já que também conquistou uma medalha no ciclocross feminino no Campeonato Nacional dos Estados Unidos, colocando-a como uma das cotadas para disputar uma vaga no Tour de France Femmes e nas Olimpíadas de Paris no próximo verão.

No entanto, a vitória de Austin gerou críticas nas redes sociais, com muitos questionando sua participação em uma competição feminina. Um usuário do Twitter, por exemplo, disse que, se os homens fossem excluídos da classificação feminina, a segunda colocada, Marcela Prieto, seria a vencedora feminina.

A presença de Austin nas competições já levou algumas atletas a abandonarem o esporte, como Hannah Arensman, 35 vezes campeã no circuito nacional de ciclocross, que se aposentou completamente do esporte devido ao surgimento de ciclistas trans em competições femininas, segundo a Fox News.

“Nasci em uma família de atletas”, contou Hannah. “Incentivada por meus pais e irmãos, competi no esporte desde muito jovem e segui os passos de minha irmã, subindo na classificação para me tornar uma ciclista de ciclocross de elite.”

“Nos últimos anos, tive de competir diretamente com ciclistas masculinos em eventos femininos. À medida que isso se tornou mais uma realidade, ficou cada vez mais desanimador treinar tanto quanto eu apenas para perder para um homem com a vantagem injusta de um corpo androgenizado que intrinsecamente dá a ele uma vantagem óbvia sobre mim, não importa quanto eu treine”, explicou a atleta em sua entrevista à Fox News.