vida cristã
Tribunal decide extinguir ação contra pregadora por “homofobia”
Karla Cordeiro foi acusada de homofobia e racismo por criticar militância em temas que dividem a sociedade.
Nesta quinta-feira (2), o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) extinguiu, por unanimidade, uma ação contra a pastora Karla Cordeiro que foi denunciada por ter proferido discurso supostamente “racista e homofóbico” durante pregação.
Segundo o desembargador Paulo Rangel, relator do habeas corpus e que também é um homem negro, a pastora “está amparada pelo exercício regular do direito que é a liberdade de culto religioso e de crença, assegurados pela Constituição da República”.
Em agosto, um vídeo de Karla pregando na Igreja Sara Nossa Terra de Nova Friburgo circulou nas redes sociais e na imprensa, a denúncia foi feita com base nas suas palavras que alertavam contra a militância cristã em temas que provocam divisão na sociedade.
“É um absurdo pessoas cristãs levantando bandeiras políticas, bandeiras de pessoas pretas, bandeiras de LGBTQIA+, sei lá quantos símbolos tem isso aí. É uma vergonha, desculpa falar, mas chega de mentiras, eu não vou viver mais de mentiras. É uma vergonha. A nossa bandeira é Jeová Nissi. É Jesus Cristo. Ele é a nossa bandeira. Para de querer ficar postando coisa de gente preta, de gay, para! Posta palavra de Deus que transforma vidas”, disse ela na ocasião.
Contudo, o sermão dela virou inquérito policial, e posteriormente foi denunciado pelo Ministério Público por racismo e homofobia.
Na época, ela se retratou e disse que foi infeliz na escolha das palavras, pois sua intenção era apenas afirmar a necessidade de focarmos em Jesus Cristo e reproduzir os seus ensinamentos. Agora os desembargadores da 3ª Câmara Criminal do TJRJ decidiram extinguir o processo por unanimidade.
“A paciente pregou a palavra de Deus com base no livro Santo e Sagrado de todos os Cristãos: a Bíblia. (…) Não comete crime quem, em pleno exercício de sua religião, clama pelos ensinamentos de Cristo, sem ofensa a qualquer minoria. O que se quer é obrigar a paciente a rasgar a Bíblia e a aceitar o homossexualismo”, declarou o desembargador.