Trump determina a criação de órgão para combater o “preconceito anticristão”

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Donald Trump, atual presidente dos Estados Unidos, agora em seu segundo governo, assinou na quinta-feira (6) um decreto voltado ao combate ao que classificou como “preconceito anticristão”.

A medida estabelece uma força-tarefa com o objetivo de eliminar qualquer forma de discriminação ou perseguição contra cristãos no âmbito do governo federal.

Em comunicado oficial, Trump declarou: “Minha administração não tolerará a utilização indevida do governo contra cristãos ou conduta ilegal direcionada aos cristãos. A lei protege a liberdade dos americanos e dos grupos de americanos de praticar sua fé em paz, e minha administração fará cumprir a lei e protegerá essas liberdades. Minha administração garantirá que qualquer conduta, política ou prática ilegal e imprópria que ataque os cristãos seja identificada, encerrada e corrigida.”

Mais cedo, no mesmo dia, Trump já havia antecipado a assinatura da medida. “Hoje, estou assinando um decreto para tornar nossa procuradora-geral — que é uma ótima pessoa, ela será uma excelente procuradora-geral — Pam Bondi, a chefe de uma nova força-tarefa para erradicar o preconceito anticristão”, afirmou, segundo relato da jornalista Betsy Klein, da CNN.

Igreja perseguida

De acordo com o relatório da organização Portas Abertas, divulgado em janeiro de 2024, mais de 365 milhões de cristãos em todo o mundo enfrentam altos níveis de perseguição, representando 1 em cada 7 cristãos globalmente. Este é o número mais elevado registrado nos últimos 31 anos.

A Ásia é a região mais afetada, onde 2 em cada 5 cristãos sofrem perseguição e discriminação por motivos religiosos. Em seguida, vem a África, com 1 em cada 5 cristãos enfrentando situações semelhantes, e a América Latina, onde a proporção é de 1 em cada 16.

O relatório também destaca um aumento significativo nos ataques a igrejas, escolas cristãs e hospitais, que passaram de 2.110 casos em 2023 para 14.766 em 2024, representando um crescimento de sete vezes.

Além disso, foram registrados 3.231 casos de abusos, estupros e casamentos forçados envolvendo cristãos. A Coreia do Norte mantém-se como o país mais perigoso para os cristãos, seguida pela Somália e Líbia.

Esses dados evidenciam um aumento contínuo na perseguição anticristã em termos absolutos, conforme observado pela Portas Abertas ao longo de mais de três décadas de pesquisa.

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