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Twitter valoriza pastores e líderes religiosos e os incentiva a usar a ferramenta

Microblog mediu popularidade do serviço entre os líderes cristãos durante conferência

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A empresa Twitter está voltando os olhos para os líderes religiosos, encorajando-os a usar sua plataforma de mídia social, 140 caracteres de cada vez. A religião até agora não recebeu o mesmo tipo de atenção da empresa como outras categorias, explica Claire Diaz Ortiz, líder de inovação social do Twitter. Porém, sua crescente popularidade está mudando isso.

“O tipo de conteúdo que os usuários religiosos estão criando é realmente incrível”, disse Diaz numa entrevista à revista Christianity Today . “Eles têm uma taxa de participação muito elevada.”

Depois de dar o selo de “conta verificada” para artistas e músicos famosos, microblog vai fazer o mesmo com pastores e líderes religiosos conhecidos. O objetivo da empresa é garantir que as contas em nome de líderes cristãos não estão sendo exploradas por impostores.

Por exemplo, Mark Driscoll (com mais de 172 mil seguidores) e Rob Bell (com cerca de 80.000) não possuem o selo de “conta verificada” ainda. Isso sem falar nas dezenas de contas falsas que usam os nomes deles.

Tentativas do Twitter para aproximar-se de líderes religiosos ocorrem depois de grandes ministérios terem enfrentado dificuldades com outras empresas de tecnologia. No início deste ano, o Google cortou as igrejas de seu programa para apoiar instituições sem fins lucrativos, e a Apple impediu a divulgação de um aplicativo para iPhone/iPad da Exodus International, que contraria os interesses de grupos ativistas homossexuais.

Parte do esforço do Twitter para popularizar-se entre os cristãos foi medido durante a Catalist, uma conferência que reuniu mais de 13 mil pastores em Atlanta. Diaz Ortiz esteve no evento reunindo-se com palestrantes e participantes. O tema do Catalyst deste ano é “be present” [estar presente], e muitos dos pastores falaram sobre como eles interagem com o Twitter, Facebook, mensagens de texto, e-mails e outras ferramentas de comunicação.

A conferência promoveu a hashtag #cat11 para ser usada pelos tuiteiros. Durante os intervalos da Catalyst, as telas gigantes no auditório encorajava os participantes a “estar presente” ao longo de todo ano através das mídias sociais.

Pude ver que os cristãos oferecem um alto nível de engajamento nas mídias sociais, afirma Ortiz, ressaltando que a empresa percebe a quantidade de conteúdo religioso nas mensagens do microblog.

“Estamos tentando descobrir os detalhes, mas queremos dar aos líderes e organizações religiosas a atenção que eles merecem, pois estão criando um conteúdo valioso que as pessoas realmente gostam”, disse Diaz. Ela acredita que os líderes cristãos são tão bons usando ferramentas como o Twitter quanto são bons de marketing.

“A mensagem deles é sobre relacionamentos e as mídias sociais na essência são formas de relacionamento. Muitas empresas não entendem isso. As organizações religiosas sempre dependeram do marketing relacional e levam isso para a mídia social também.”

O Twitter conta com mais de 100 milhões de usuários ativos em todo o mundo, metade dos quais postam diariamente.

Diaz Ortiz entende que os usuários religiosos o usam de uma maneira um pouco diferente. “Quando você fala de organizações religiosas, está falando de uma determinada crença e envia uma mensagem diferenciada, do coração”
.

O Twitter disse em comunicado que “mais de 40% dos líderes religiosos mundiais já estão no Twitter, incluindo o Dalai Lama e o Papa, que enviou seu primeiro tweet em junho”.

Alguns líderes cristãos são bem ativos no Twitter, como Rick Warren, John Piper, Joyce Meyer e Joel Osteen. Não é raro ver hashtags com assuntos cristãos se tornarem populares, como a campanha que foi feita recentemente pela libertação do pastor Youcef Nadarkhani, condenado a morte no Irã.

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