igreja perseguida
Vidente encontra Jesus em sonho, se converte e vira evangelista
Muçulmanos da comunidade costumavam procurá-la para “conhecer” o futuro, agora ela compartilha a eternidade.
Amanda* e seu marido vêm de uma pequena vila onde 99% da população são muçulmanos. Enquanto a maioria das pessoas pensava que Amanda era uma dona de casa em tempo integral, ela também trabalhava como “vidente”. A adivinhação ainda existe nas comunidades muçulmanas da China devido à mistura do islã e do xamanismo.
Chegou a notícia de que Amanda era boa em seu “ofício”, e bastou para que pessoas da vizinhança e outras aldeias viessem pedir orientação sobre seu futuro e buscar soluções para seus problemas. Amanda se tornou conhecida por sua capacidade de prever o futuro – mas não previu a grave doença que a afetaria.
Uma manhã, ela acordou e foi incapaz de se mover. O marido a levou às pressas para o hospital, mas os médicos não conseguiram diagnosticar seu mal. “Eu estava com tanto medo. De alguma forma, eu sabia estava sendo punida. Eu sabia que estava fazendo algo que desagradava a Deus”, conta.
Alguns anos antes disso, a irmã cristã de Amanda havia lhe dado uma Bíblia e falado de Jesus a ela, mas ela o rejeitou. Quando sua irmã veio ao hospital para visita-la, ela disse: “Jesus é o único Salvador de toda a humanidade”.
Um homem de branco
Naquela noite, Amanda teve um sonho que mudou sua vida para sempre.
“No sonho, eu estava de táxi e estava muito escuro. De repente, três homens vestindo roupas brancas com luz radiante ao redor deles apareceram no lado direito do carro e me falaram que eu precisava fazer uma escolha. Então dois homens vestindo túnicas pretas apareceram à esquerda do táxi. Eles se aproximaram de mim e tentaram me convencer a acompanhá-los. Algo me atraiu para as vestes brancas puras, então saí do lado direito do táxi. Acordei do sonho e soube que um dos homens de branco era Jesus e que eu deveria segui-lo. Orei ali mesmo na minha cama e imediatamente a paralisia deixou meu corpo. Isso nunca voltou. Incrivelmente, meu marido teve um sonho semelhante seis meses depois. Ele me acordou no meio da noite com a mesma revelação, então oramos juntos para entregar nossas vidas a Jesus”.
De advinha à evangelista
É claro que os seus “negócios” mudaram. Em vez de adivinhar, quando as pessoas perguntam a ela sobre seu futuro, medos ou problemas, Amanda os apresenta a Jesus. Ela ora por seus “clientes” e pede a Jesus que ilumine suas vidas com sua verdade e amor.
Dessa maneira, muitos muçulmanos vieram a Jesus através de Amanda. Mas ela os adverte para serem extremamente cuidadosos, pois todos vivem em comunidades muçulmanas que não veem com bons olhos aqueles que abandonam a fé.
Depois de algum tempo, o sogro de Amanda descobriu que ela havia se tornado cristã. Ele começou a tratar Amanda e seus filhos com desprezo, agredindo e machucando as crianças. Apesar disso, Amanda continua a compartilhar o evangelho com outras pessoas. Muitos encontraram o Senhor e, até o início da crise do coronavírus, eles se encontravam uma vez por semana em grupos pequenos, para ler a Bíblia e orar juntos.
Encontrando ajuda
As equipes da Missão Portas Abertas têm visitado constantemente cristãos ex-muçulmanos, como Amanda e sua família, apoiando com orações, Bíblia e material cristão, ajuda socioeconômica e espiritual.
O isolamento costuma ser uma barreira à comunhão, assim como o estresse constante da vigilância do governo chinês e a pressão das comunidades muçulmanas locais. Através do ministério de presença, a Portas Abertas ouve, defende e ora pessoalmente por esses cristãos.
“A esperança e o amor que trazemos lembram que eles não estão sozinhos e que os cristãos ao redor do mundo estão orando por eles”, lembra o colaborador da Portas Abertas.
Ajuda que vem de longe
Apesar da distância entre o Brasil e China, a fé da Amanda nos aproxima dela. E a oração vai aonde não podemos ir.
Além disso, se você quiser doar para que os trabalhos da Portas Abertas cheguem até ela, a organização disponibiliza a Campanha Emergencial Covid-19, que leva ajuda à China e outros países em que os cristãos são perseguidos, pressionados, torturados e até mortos por não negar sua fé em Jesus.
*Nome alterado por motivo de segurança