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Virologista diz que China excluiu dados sobre coronavírus

Dados dos primeiros casos de Covid foram apagados para dificultar a investigação.

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Instituto de Virologia de Wuhan (Foto: Ng Han Guan/AP)

Na quarta-feira (23), um relatório de Jesse Bloom, virologista e biólogo evolucionário do Fred Hutchinson Cancer Research Center em Seattle, apontou que mais de doze sequências de testes do coronavírus durante os primeiros meses da pandemia foram removidas de um banco de dados internacional.

Para ele, provavelmente a China excluiu os dados do Arquivo de leitura de sequência do National Institutes of Health para apagar a sua existência.

Bloom explicou que o conjunto de dados informativos sobre a evolução do vírus que foram excluídos, tem implicações maiores do que as que foram coletadas diretamente das sequências recuperadas.

“Amostras de primeiros pacientes ambulatoriais em Wuhan são uma mina de ouro para qualquer pessoa que busca entender a propagação do vírus”, escreveu o virologista em seu artigo “A recuperação de dados de sequenciamento profundo deletado lança mais luz sobre a epidemia inicial de SARS-CoV-2 de Wuhan”.

A origem da Covid-19

Durante a sua pesquisa, Bloom conseguiu recuperar “arquivos excluídos do Google Cloud” que estavam vinculados ao banco de dados internacional e reconstruiu uma série parcial dos 13 primeiros vírus epidêmicos, segundo o relatório.

O virologista afirmou que o vírus estava circulando em Wuhan antes mesmo de ser detectado nos mercados locais, incluindo o local que é foco de investigação da OMS sobre a origem do vírus, o Huanan Seafood Market.

“Os primeiros relatórios fora da China no final de dezembro de 2019 enfatizaram o papel do Huanan Seafood Market (ProMED 2019), que foi inicialmente sugerido como um local de zoonoses”, escreveu Bloom no New York Post.

Ele ainda pediu para que as autoridades americanas não ignorem a teoria do “vazamento de laboratório”, e que entender a disseminação do coronavírus em Wuhan é crucial para rastrear a sua origem.

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