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Youtuber recebe ordem judicial para excluir vídeo apoiando casamento

O caso aponta para uma ameaça e censura à liberdade de expressão dos cidadãos.

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Kika Nieto (Foto: Reprodução/YouTube)

Kika Nieto, youtuber colombiana, recebeu uma ordem judicial para excluir um vídeo na qual aparece defendendo o casamento entre homem e mulher.

A influencer possui mais de sete milhões de inscritos no seu canal, e entrou com um apelo ao Tribunal Constitucional da Colômbia para a anulação da ordem.

O vídeo foi publicado há três anos, sobre perguntas e respostas, na qual Kika dá sua opinião sobre o casamento, que deve ser entre homem e mulher, e afirma que respeita as outras opiniões sobre o assunto.

“Deus criou o homem e a mulher para que pudessem estar um com o outro. Não considero que homens ou mulheres estarem com o mesmo sexo seja bom, mas tolero isso”, afirmou.

O Tribunal Nacional exigiu que a youtuber retirasse o vídeo do ar, depois que uma ativista denunciou, porém ela não concorda com a ação e disse que Todos devem ter a liberdade de compartilhar suas crenças e opiniões em público:

“Todos devem ser livres para compartilhar suas crenças em público. Quero ser autêntica com meus seguidores sem ser censurada ou temer sanções criminais apenas por postar um vídeo”, disse ela na segunda-feira, 19 de abril, em um comunicado que foi compartilhado pela Aliança Internacional de Defesa pela Liberdade.

“Não quero que os outros tenham medo de expressar suas crenças. Ao falar abertamente, espero inspirar mais tolerância em relação a diferentes opiniões”, acrescentou.

A colombiana é representada legalmente pela Nueva Democracia, uma organização que defende a liberdade de expressão e outros direitos fundamentais.

O diretor da Nueva Democracia na América Latina e Caribe, afirmou que todos devem ter o direito de expressar suas opiniões sem ser censurado:

“Todos devem ser livres para expressar suas crenças e convicções de fé sem medo de censura. O direito de Nieto de expressar livremente suas opiniões e compartilhá-las publicamente é protegido pela Constituição colombiana”, disse ele.

A decisão está prevista para o próximo mês, caso o Tribunal Constitucional aceite o pedido para a revisão da ocorrência, informou o The Christian Post.

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