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A eleição iraniana do novo “carrasco do Teerã” deve ser um alerta mundial, diz Israel

O novo presidente do Irã já condenou milhares de pessoas à morte.

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Ebrahim Raisi (Foto: Vahid Salemi/AP)

Ebrahim Raisi, um juiz inflexível foi eleito para ser o novo presidente do Irã, segundo o resultado das votações anunciadas neste último sábado (19).

Raisi ganhou o apelido de “carrasco do Teerã”, por ser parte dos infames comitês da morte nos anos 80, como promotor, e sua vitória envia um sinal assustador para o mundo, em especial Israel.

Segundo o especialista iraniano, Thamar Elam Gidin, da Universidade de Haifa, as eleições no Irã não foram democráticas, Raisi teria sido empurrado por outras forças para se tornar presidente.

“Ele foi membro dos comitês de morte na década de 1980. Ele condenou milhares de pessoas à morte e orquestrou os assassinatos em massa de 1988, cujos mortos foram enterrados em valas comuns, sem uma identificação”, revelou Gidin.

Apesar de Raisi nunca ter comentado a respeito, é notável que ele raramente deixa seu país, temendo retaliações internacionais.

Ele também atuou durante dois anos como presidente da Suprema Corte do Irã e abusou de sua autoridade, ordenando a primeira execução em décadas de um homem por consumo de álcool.

O governo dos Estados Unidos impôs sanções a Raisi em 2019, exigindo que a Anistia Internacional o acusasse de crimes contra a humanidade.

Israel se prepara para combater o programa nuclear iraniano

Depois da notícia, Naftali Bennett, o primeiro-ministro de Israel, disse em Jerusalém que espera que o resultado dessa eleição do Irã abra os olhos do mundo para enxergar como o país realmente é.

Ele ainda alertou contra o acordo nuclear que as potências mundiais estão negociando com o Irã, e espera que esse tratado não aconteça.

“Esses caras são assassinos. Nunca se deve permitir que um regime de carrascos brutais tenha armas de destruição em massa que o permita não matar milhares, mas milhões”, acrescentou.

Um oficial de segurança de Israel, disse ao Canal 12 que o país não tem outra escolha, a não ser se preparar para futuros ataques ao programa nuclear iraniano.

Durante a sua campanha, Raisi apoiou o restabelecimento do acordo nuclear, que afrouxa as restrições norte-americanas que há anos vem prejudicando a economia do Irã.

“Nossa política externa não será limitada ao acordo nuclear, não vamos vincular os interesses do povo iraniano ao acordo nuclear. Teremos interação com o mundo”, propôs Raisi, em Teerã.

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