opinião
Acabou o Acampamento, e Agora?
Tradicionalmente, as igrejas cristãs de fé católica e evangélica têm realizado nas últimas décadas, retiros espirituais (também conhecidos como acampamentos) para os seus jovens fugirem da esmagadora oferta de pecados, típica desta época, também conhecida no Brasil e no mundo como Carnaval. São inúmeras ações e atrativos para que os jovens e adolescentes destas igrejas se vejam livres dos ambientes contaminados por esta festa carnal, bem como da perniciosa programação exposta na mídia eletrônica (rádio, televisão e internet).
Muitas igrejas passam quase todo o ano se programando em função destes retiros que duram em média de 03 a 05 dias, tentando torná-lo o mais espiritual e agradável possível para que os jovens tenham momentos de profunda reflexão e diversão sadia. Numa tentativa de resgate e retorno a fé pura e cristocêntrica os jovens são submetidos às chamadas imersões espirituais onde há um forte confrontamento interno quanto a sua conduta e papel exercido aqui nesta terra, enquanto cristão, servo de Deus.
Muitos são chamados a assumir um novo compromisso de fidelidade e fervor espiritual para ser e fazer diferença neste mundo que, como já disse o apóstolo João, jaz no maligno. Novas alianças são firmadas e a fé de muitos é revigorada. Quebrantamentos, lutas espirituais, libertação, conversão e perdão são alguns dos elementos trabalhados de modo intensivo na vida dos participantes durante a programação. Entretanto, como tudo possui começo e fim, ao término da programação muitos destes jovens se perguntam: O acampamento acabou, e agora?
Esta intrigante e urgente questão é tão relevante quanto à própria organização dos retiros espirituais. A igreja cristã contemporânea deve possuir entre a sua liderança infanto-juvenil o despertamento para as ações que tornem a saúde espiritual deste público algo firme e perene. Por outro lado, o jovem cristão ao sair destes eventos com programas e ambientes propícios para o enlevo espiritual e contemplação, deve encarar a realidade “do lado de fora” cujos caminhos levam a um fim antagônico aos objetivos assimilados no retiro: não amoldar-se ao padrão deste mundo.
Como alternativa a este e outros questionamentos que bombardeiam a cabeça dos “pós acampantes“ surge o retorno sério e realista à prática da Palavra de Deus. Num primeiro momento, esta alternativa parece ser pouco interessante a este público que possui desejos aflorados e diversas incertezas em relação ao seu futuro, mas, na verdade, trata-se do único remédio efetivo que, administrado em doses corretas, surte os melhores resultados para o exercício da vida cristã nesta fase de desenvolvimento.
O excesso de eventos intraeclesiais de caráter atrativos, porém vazios, despreparam os jovens para os mais diversos desafios espirituais e intelectuais à que são submetidos em seus trabalhos e academias. Ao ter sua fé posta à prova nos embates espirituais ou intelectuais advindos do secularismo, o jovem cristão despreparado tende a se moldar ao padrão deste mundo, relativizando verdades que para ele não trazem nenhum malefício à sua carreira cristã. Em contrapartida, o jovem cristão que detém o conhecimento da Palavra de Deus, contextualizada de maneira certa, e decide praticá-la, se abre para a ação do Espírito Santo dirigir-lhe a vida de forma plena e convicta, a fim de tomar as decisões que não acarretem prejuízo para a sua comunhão com Deus.
Ao se lançar de modo dependente do Espírito Santo no estudo e prática da Palavra de Deus, o jovem ou adolescente recém-saído destes encontros, mantém viva a chama produzida em sua experiência intrapessoal adquirida no acampamento, crescendo diariamente de fé em fé até alcançar a maturidade requerida pela própria Palavra de Deus. Neste caso, os conselhos do salmista descritos no salmo 119 são extremamente atuais para direcionar este público e suas lideranças no ardoroso, porém vitorioso, processo que conduz a vida eterna. No versículo 9 encontramos o seguinte conselho: “Como pode o jovem manter pura a sua conduta? Vivendo de acordo com a tua palavra.” Mais adiante, encontramos ainda no verso 11: “Guardei no coração a tua palavra para não pecar contra ti”.
Vale ainda ressaltar que, assim como Eliseu e Timóteo tiveram a Elias e Paulo, respectivamente, como seus mentores espirituais, os quais caminharam juntos até alcançarem a sua autonomia mental e espiritual, os jovens de hoje também necessitam do mesmo modo de mentores que os auxiliem neste processo de aconselhamento e direcionamento espiritual.
Logo, entende-se que estes acampamentos não devem tornar-se um fim em si mesmo, como eventos fervorosos, porém, isolados na programação anual das igrejas. Mais do que isso, devem ser apenas uma das ações atinentes do projeto dinâmico de amadurecimento de adolescentes, jovens e lideranças cristãs que visa o estilo de vida declarado pelo apóstolo Paulo em sua carta aos gálatas: “Já estou crucificado com Cristo; e vivo não mais eu, mas Cristo vive em mim […]”.
Que Deus ajude os nossos jovens a manterem acesa a chama do Espírito, adquirida nestes eventos, até o dia da última chamada. Breve Jesus voltará!
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