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Administração Biden recua após cogitar boicote às Olimpíadas na China

Estratégia para pressionar o fim do genocídio cometido pelo regime chinês tem recuo.

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Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden (Foto: Andrew Harni/AP)

O governo Biden havia expressado a ideia de boicotar as Olimpíadas de Pequim que estão programadas para fevereiro de 2022, agora o Departamento de Estado dos EUA anunciou que não teve nenhuma conversa com seus aliados para um cancelamento coletivo.

A pressão para o ato é uma resposta ao genocídio e tratamento desumano do governo chinês aos uigures, um grupo minoritário que vive na província de Xinjiang, no oeste da China.

Na última terça, 6 de abril, Ned Price disse à imprensa que o boicote estaria em pauta para ser discutido com todos os países aliados, e que estavam de olho nas violações dos direitos humanos de Pequim, e que a discussão iria prosseguir.

“Temos afirmado consistentemente, no que diz respeito às nossas preocupações com o governo em Pequim, incluindo as flagrantes violações dos direitos humanos de Pequim, a sua conduta de genocídio no caso de Xinjiang, que o que os Estados Unidos fazem é significativo, o que os Estados Unidos fazem terá impacto, mas tudo o que fizermos”.

Biden teme uma retaliação da China

Salih Hudayar primeiro-ministro do Governo do Turquestão Oriental, que tem sede no exílio em Washington DC, afirmou que o retrocesso do governo Biden sobre o boicote das Olimpíadas de Pequim é o resultado na “pressão do governo Chinês”.

Para ele boicotar o evento seria um exemplo moral  perante o genocídio que a China está cometendo com as minorias, e se os EUA enviar sua equipe para participar das Olímpiadas em uma país que faz isso seria ética e moralmente errado, além de ser recompensador para China.

“Queremos que o governo dos EUA e a administração Biden liderem a comunidade internacional … mostrando um exemplo moral e boicotando as Olimpíadas de Pequim 2022 e instando o Comitê Olímpico Internacional a se mudar para .. um país que não está envolvido em genocídio”, disse ele.

Segundo o The Christian Post, durante a entrevista com eles o primeiro-ministro Salih deu a entender que o governo dos EUA está temendo os custos econômicos caso a China retalie boicotando os produtos americanos.

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