opinião
Aos interessados na identidade pentecostal
Seminaristas pentecostais e candidatos ao ministério conheçam a sua história!

Ainda refletindo sobre o que chamo de “pentecostalismo liberal-esquerdista”, gostaria de convidar o prezado leitor ao exame de alguns pontos que considero da maior relevância, os quais interessam especialmente – mas não só! – a seminaristas pentecostais, candidatos ao santo ministério em igrejas pentecostais e, enfim, a todos aqueles que leem e se mostram desejosos por conhecer mais da identidade pentecostal (história, visão de mundo e teologia própria do pentecostalismo clássico, como o das Assembleias de Deus).
Para maior compreensão, este texto será distribuído em tópicos:
1 – Por favor, não pense que sua formação teológica deve passar necessariamente por uma instituição reconhecida pelo Ministério da Educação, o qual, de acordo com a legislação brasileira, introduz no currículo de teologia disciplinas e diretrizes pedagógicas que não têm compromisso com os pressupostos da fé cristã, abrindo espaço para o recrutamento de professores incrédulos, liberais ou pós-liberais (ainda que nominalmente evangélicos).
2 – A missão do pastor, evangelista ou presbítero pentecostal pode ser muito bem desempenhada com estudos obtidos em seminários confessionais, credenciados por uma igreja ou convenção eclesiástica, ou mesmo por um esforço pessoal e organizado com vistas à boa formação intelectual, ministerial e teológica.
3 – Uma boa formação teológica deve se pautar principalmente pela leitura da Sagrada Escritura e de uma bibliografia afinada com o Cristianismo histórico e ortodoxo, ainda que seja importante conhecer autores liberais e pós-liberais – além de outras fontes de conhecimento não ortodoxo – para que se construa um repertório apropriado à defesa da fé.
4 – No campo pentecostal, percebo certo deslumbramento com a ampliação do acesso à formação acadêmica, enquanto alguns quedam maravilhados diante dos títulos de “mestre”, “doutor” e “pós-doutor”, mesmo sem saber direito o que certos doutores andam ensinando aos nossos irmãos em Cristo – as credenciais são relevantes no mundo acadêmico, e no reino de Deus podem contribuir positivamente se instrumentalizadas para a glória do Senhor, mas credenciais acadêmicas não devem predominar no debate teológico se vocalizarem heresias destruidoras, falsas doutrinas ou equívocos de interpretação.
5 – Tanto a expansão do mercado editorial pentecostal como o incremento de cursos teológicos com a referida abordagem podem servir como cenário para que a identidade pentecostal seja apresentada, explicada e fortalecida, mas também pode ser que pentecostais de boa-fé, ansiosos por confirmação teológica de sua própria identidade, sucumbam diante de propostas deliberadamente confusas ou da dificuldade de discernir as diferentes correntes de pensamento.
6 – Não se deixem seduzir pelas blandícias da sofisticação acadêmica liberal, que, fundada na incredulidade, inventam teorias mirabolantes que negam o sobrenatural, os milagres, a ressurreição de Cristo, a inspiração verbal e plenária das Escrituras e os atributos desta como Palavra de Deus absoluta, inerrante, infalível, autoritativa, suficiente e eterna, usando e abusando do método histórico-crítico e de ferramentas pseudo-científicas.
7 – Não se deixem seduzir pelas blandícias da sofisticação acadêmica pós-liberal, que agora se imiscui no nosso meio disfarçada de “hermenêutica pentecostal com ênfase na experiência”, mas que não passa de abordagem pós-modernista, eivada de relativismo, pluralismo, subjetivismo, experiencialismo, ressentimento e ferramentas dominadas por teorias da linguagem e da cultura, assim como por uma nova forma de descobrir o conhecimento. Essa tentação visa ao afastamento dos pentecostais do método histórico-gramatical de interpretação das Escrituras, dado erroneamente como racionalista, para que substituam a busca pela intenção do autor pela ênfase nos pressupostos do leitor (em sua situação social, cultural e histórica.
8 – Não se deixem seduzir pelas blandícias (e severas provocações) do esquerdismo teológico, que, munido de ferramentas liberais e pós-liberais, abusa de termos como “opressão”, “exploração”, “machismo”, “patriarcado”, “elitismo”, “etnocentrismo”, “racionalismo”, “Iluminismo”, “cientificismo”, “dogmatismo”, “fundamentalismo”, e fornece substratos teóricos (ou simplesmente o discurso de propaganda) para bandeiras “progressistas” como descriminalização das drogas ou do aborto, casamento entre pessoas do mesmo sexo, ideologia de gênero, flexibilização ideológica do direito penal, sempre com a adoção de termos aparentemente inocentes como “justiça social” e “direitos humanos”, enquanto vai avançando com sua agenda ideologicamente orientada, eticamente reprovável e biblicamente vazia.
9 – Não se deixem seduzir pelo engano do anticalvinismo puro e simples, estratégia adotada para afastar os pentecostais de pressupostos válidos de interpretação das Escrituras (inspiração, inerrância, infalibilidade, autoridade, suficiência e caráter absoluto), os quais são compartilhados por calvinistas, pentecostais e outros ramos cristãos – estratégia inteligente porque, no afã de demarcar um território confessional, alguns pentecostais podem esquecer que nossas diferenças com os calvinistas se dão geralmente no campo da soteriologia, da pneumatologia e da escatologia, mas não naquilo que mais importa, e que é justamente o que liberais, pós-liberais e esquerdistas teológicos querem destruir: a doutrina da verdade absoluta.
10 – Por fim, mas não menos importante, é a necessidade de evitarmos ou abandonarmos o ressentimento que muitos pentecostais parecem ter diante de confissões ou instituições protestantes históricas, o que os torna demasiado vulneráveis à cantilena de que “o pentecostalismo é um movimento social periférico e marginalizado”, “a teologia pentecostal não é compreendida porque sua hermenêutica atua no nível da experiência”, “a oralidade pentecostal empodera os desfavorecidos”, “o pentecostalismo resgatou o papel da mulher no ministério”, todo um festival de declarações cintilantes e edulcoradas que, na verdade, preparam o terreno para que a identidade pentecostal venha a ser caracterizada como um movimento político de resistência aos monstros do “imperialismo estadunidense” e seu “protestantismo branco, anglo-saxão e capitalista”.
Tenho certeza (e esperança) de que esses 10 pontos serão compreendidos por todo aquele que tiver interesse em perceber o que efetivamente se passa enquanto discutimos o sexo dos anjos. Peço humildemente que não desconsiderem este registro, ou que dele se recordem no momento oportuno. O Senhor proverá.

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