opinião
Apocalipse e o Império Romano
A Igreja de Cristo sempre irá obedecer e honrar autoridades humanas, contanto que elas estejam baseadas na Bíblia.
Ainda antes de Jesus Cristo ser enviado a terra, já estava em atuação no mundo uma nação que era a mais rica, a mais moderna e com o maior poder militar entre todas as outras nações que era Roma.
Tal nação, devido ao seu forte poder e glória, decidiu se expandir para conquistar e anexar mais territórios para o seu governo e empreendeu com isso várias guerras, conflitos e negociações, tornando-se assim, não mais uma simples nação, mas um império, que ficou conhecido como Império Romano.
O Império Romano é considerado o maior civilização da história ocidental. Durou cinco séculos: começou em 27 a.C. e terminou em 476 d.C.
Estendia-se do Rio Reno para o Egito, chegava à Grã-Bretanha e à Ásia Menor. Assim, estabelecia uma conexão com a Europa, a Ásia e África.
Tal IMPÉRIO deveria sempre ser liderado obviamente por um imperador, que significa aquele que manda, ordena e obriga.
O imperador deveria ser visto por todos ao seu redor como um “senhor”, um “deus” e dessa forma não seria aceito nenhum outro tipo de líder com outro ensino ou outra proposta que não envolvia diretamente a adoração e obediência total ao imperador.
Conforme o Império Romano ia avançando e possuindo mais nações para si próprio, era designado pelo próprio imperador um líder que governaria tal região, na qual se chamava de província. Dessa forma, o imperador até delegava seu poder com mais governantes, mas em hipótese alguma aceitaria surgir alguém que pudesse ser um novo tipo de líder entre as pessoas.
O Império Romano não tinha interesse em mudar a cultura, ou seja, o modo de viver das nações que eles dominavam e nem mesmo proibiam as religiões que tal povo quisesse seguir, contanto que prestassem sua obediência, sua honra, seu respeito e principalmente seus impostos para o imperador.
Existia uma certa tolerância em relação a adoração do imperador por judeus e cristãos que não moravam em Roma, em cidades como Jerusalém, Antioquia, Corinto, etc… Eles não eram obrigados a fazer uma imagem na cidade deles e adorar o imperador, porém, eram vistos pelos romanos como rebeldes, lunáticos e loucos.
Evidente que nesses séculos todos da existência do Império Romano, vários imperadores foram empossados e fizeram o seu trabalho como acharam melhor, mas vamos focar apenas em 4 imperadores que tiveram uma maior presença em situações que envolviam os cristãos.
Na época de Jesus por exemplo, em boa parte de sua vida, o imperador atuante era o Augusto César, tanto que ele foi mencionado na famosa expressão de Cristo quando disse “dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus” e em sua crucificação o imperador atual era o Tibério César.
Foi com a autorização desse último imperador que o governante da província romana na Judeia, Poncio Pilatos, condenou Jesus a crucificação, mesmo não vendo nele nada que pudesse condená-lo, mas assim fez, para agradar aos judeus e claro, ao imperador.
Jesus e sua liderança, influência e ensino, se tornou uma forte ameaça para o senhorio e reinado tanto do imperador, como dos governantes de suas províncias, pois declarava ser um novo Rei e ter um novo Reino. Por isso, foi energicamente condenado a crucificação, para que em hipótese alguma o imperador tivesse sua posição ameaçada! Sabemos que tudo isso fazia parte do plano de Deus para nos salvar, mas é importante entendermos esse contexto político para entendermos melhor determinado império.
Outro imperador romano que foi um dos mais perigosos e de certa forma desumano, foi Nero César, que depois de acontecer um incêndio de grandes proporções em Roma, que muitos acreditam ter sido o próprio Nero que causou, covardemente acusou aos cristãos da cidade como os realizadores da tragédia. Tal acusação culminou em ódio e em uma perseguição ainda mais forte contra a Igreja; por isso, para agradar a todos, Nero mandou matar Pedro Crucificado e Paulo degolado, que eram os principais líderes da Igreja.
Chegamos nos últimos anos da vida do apóstolo João e o imperador atuante era, como já aprendemos anteriormente, Tito Flávio Dominiciano.
Assim como os outros imperadores, Dominiciano também tinha apego ao poder, a glória humana e a fama a todo e qualquer custo, e com ele não existia tolerância com quem não quisesse o ver como “senhor” ou “deus”, tanto é verdade, que, todo imperador deveria ser venerado e adorado como um “deus” depois de sua morte, mas Dominiciano quis receber essa adoração enquanto estava vivo!
Ao saber que o apóstolo João não aceitava o adorar e servir, mas sim somente adorar e a servir Jesus Cristo, ainda ensinando outros a fazer o mesmo, entendeu que tal apóstolo também acabara se tornar uma ameaça ao seu reinado, por isso se indignou e mandou que João fosse lançado ao exílio na nossa já conhecida Ilha de Patmos.
Tal império, como qualquer outro império com lideranças humanas, foi destruído em uma batalha com os “bárbaros” e hoje ficou apenas na história! Roma ainda existe, mas nunca mais se levantou novamente como um império.
É interessante notarmos, que muitos motivos levaram tal império a sua queda, como perca de força militar, dificuldades econômicas, sociais, etc… mas a maioria dos historiadores tanto cristãos como não cristãos concordam em afirmar que, o poder, a força e a influência da Igreja Cristã, que não aceitava se render a outro senhor a não ser Cristo, foi como se fosse um forte golpe em todo o império, pois a cada semana mais e mais pessoas aderiram ao evangelho e pertenciam a Igreja, gerando literalmente um exército de fé e de coragem para enfrentar em nome de Deus, até mesmo aqueles que se auto intitulavam “deuses”.
A Igreja de Cristo sempre irá obedecer e honrar autoridades humanas, contanto que elas estejam baseadas na palavra, entretanto, se tais autoridades derem ordens contrárias a palavra divina, sempre vera uma Igreja contra elas.
Aprendemos com isso, que todo aquele que se diz cristão, deve portanto, adoração e obediência somente a Jesus Cristo, por isso, deve estar pronto para ser contrário a qualquer grupo, homem ou sistema, que seja contrário a Cristo e sua Palavra, mesmo que tal postura custe sua própria vida.
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