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Arrependidos por tentativa de mudança de sexo criam movimento de “destransição”

Ex-membros da comunidade trans alertam para falta de resistência médica e investigação na transição de gênero.

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Mulher sem os seios (Foto: Laura Dodsworth/Twitter)

No domingo, o programa da CBS, 60 Minutes, analisou vários indivíduos que se assumiram como transgêneros e depois de um certo tempo (meses ou anos depois), resolveram voltar atrás.

A destransição, ou seja, voltar ao sexo biológico depois de ter feito a transição física, ainda é um tabu dentro da comunidade trangênero, mesmo assim existe um grupo de 19 mil pessoas no Reddit (mídia social) que apoia o ato.

Mais de 30 pessoas que voltaram voltaram ao sexo original depois de sofrer uma transição, foram entrevistadas por Lesley Stahl do 60 Minutes.  Cinco dessas pessoas foram apresentadas no programa.

A mensagem de todas elas é para que a comunidade médica tome mais precauções antes de submeter alguém a mudança de gênero e cirurgias.

Mulher se arrepende de virar trans

Grace Lidinsky-Smith, uma das entrevistadas pelo programa, é uma mulher biológica que se tornou um homem transgênero e depois voltou a ser mulher.

Ela contou que descobriu o transgenerismo em comunidades trans pela internet enquanto lutava contra uma depressão.

Ao avistar tantas pessoas felizes com o processo de transformação para se tornarem elas mesmas, ela considerou que se fizesse o mesmo seria mais feliz.

Ao encontrar um terapeuta que tratava do assunto, em algumas sessões ela se sentiu motivada a passar pelo processo de transformação – do sexo feminino para o masculino.

Tanto a terapeuta quanto a clínica que aprovou as suas injeções de testosterona, não investigaram nem fizeram muitas perguntas para saber a origem da sua disforia de gênero.

“Eles me perguntaram: ‘Então, por que você quer tomar testosterona?’ e eu disse: ‘Bem, ser mulher não está mais funcionando para mim.’ E eles disseram: ‘Tudo bem’. ”

Apenas quatro meses depois ela já foi aprovada para fazer uma mastectomia (retirada das mamas), mas não durou muito para ela se arrepender de ter passado pela mudança.

“Comecei a ter uma sensação realmente perturbadora de que uma parte do meu corpo estava faltando”, disse ela. Lidinsky-Smith então destransicionou.

Para ela, foi uma loucura fazer todo esse processo em menos de um ano, se identificar como trans, usar hormônios e passar por cirurgias e logo voltar ao gênero biológico.

Sem resistência para procedimentos de transição de gênero

Infelizmente a história dessa jovem não é única, muitos outros também passaram por um processo parecido.

Todos os indivíduos entrevistados por Stahl afirmaram que foram “afirmados cegamente”, e não receberam nenhum tipo de resistência por parte dos médicos na hora de fazer a transição.

A primeira psicóloga da primeira grande clínica de gênero para jovens nos EUA, o Hospital Infantil de Boston, Laura Edwards-Leeper, disse que os médicos têm medo de se posicionar a favor ou contra a comunidade trans e sofrer retaliações, segundo o Christian Headlines.

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