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Justiça arquiva inquérito sobre gestão financeira da Bola de Neve

A Justiça de São Paulo determinou o arquivamento do inquérito policial que investigava membros do conselho deliberativo da Igreja Bola de Neve por suspeitas de desvio de dinheiro e fraudes. As acusações haviam sido apresentadas pela pastora Denise Seixas, viúva do apóstolo Rinaldo Pereira Seixas, conhecido como Rina, fundador da igreja. Após sua morte, em 13 de novembro do ano passado, vítima de politraumatismo em um acidente de moto, Denise e os dirigentes da instituição passaram a disputar o controle da organização.
A decisão foi proferida no dia 24 de junho pelo juiz Tobias Guimarães Ferreira, do Departamento de Inquéritos Policiais e Polícia Judiciária (Dipo), do Fórum Criminal da Barra Funda. O magistrado acolheu o parecer do Ministério Público de São Paulo (MPSP), que recomendou a extinção do processo por ausência de elementos que configurassem crime. O diretor financeiro da igreja, Everton Cesar Ribeiro, também era investigado por supostas irregularidades administrativas.
Segundo relatório final da Polícia Civil, datado de 5 de junho, não foram encontrados indícios de prejuízos financeiros nem evidências de crime na condução das finanças da instituição. Com base nessas conclusões, o Ministério Público promoveu o arquivamento do inquérito no dia 12 de junho.
Em seu parecer, o promotor de Justiça Cláudio Cavallini avaliou que o simples fato de Everton Ribeiro ocupar a diretoria financeira e contratar empresa ligada a familiares não caracteriza, por si só, conduta criminosa. Cavallini argumentou que eventuais insatisfações quanto à gestão devem ser tratadas internamente pela igreja, ou, se for o caso, por meio de ação judicial cível. “Para que, após, comprovada a prática de algum ilícito penal, ser possível a adoção de providências cabíveis no ramo criminal”, escreveu.
Denúncias e renúncia
Durante a disputa pelo comando da igreja, a pastora Denise Seixas acusou o conselho deliberativo de envolvimento em fraude e desvio de recursos. Ela reuniu documentos que, segundo afirmou, apontavam “atos indevidos” por parte de membros da diretoria, capazes de causar “prejuízos irreparáveis de ordem material e/ou moral”, especialmente quanto à credibilidade da instituição.
Esses documentos foram enviados ao Ministério Público, que decidiu abrir investigação. Entretanto, mesmo após Denise recuar das acusações e renunciar à presidência interina da igreja, em 13 de fevereiro, a apuração foi mantida pela Polícia Civil, sendo posteriormente encerrada com o pedido de arquivamento.
A pastora havia sido reconhecida pela Justiça como presidente interina da Igreja Bola de Neve em janeiro, em meio à disputa com os dirigentes atuais. Pouco depois, ela fez um acordo com o conselho e desistiu das acusações.
Com mais de 500 templos espalhados pelo Brasil e no exterior, a Igreja Bola de Neve possui arrecadação anual estimada em R$ 250 milhões. Fundada por Rinaldo Seixas, a igreja se destaca entre os movimentos evangélicos contemporâneos por seu estilo informal e sua atuação entre jovens, segundo o Metrópoles.
Resposta da instituição
Em nota divulgada em 30 de junho, a Igreja Bola de Neve celebrou a decisão judicial e afirmou que “reitera o compromisso com a transparência, a legalidade e a lisura da própria gestão, cujas contas da igreja sempre foram avaliadas por auditorias independentes”.
O advogado Aristides Zacarelli Neto, que representa a instituição, declarou: “A decisão judicial corrobora, de maneira inequívoca, que a Igreja Bola de Neve e seus diretores sempre atuaram de acordo com a legalidade e dentro dos princípios éticos cristãos, em benefício de seus milhões de fiéis e simpatizantes”.

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