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Brasil diz que operação de Israel em Gaza terá “graves consequências”

O governo do petista Luiz Inácio Lula da Silva criticou operação na Faixa de Gaza.

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Vista aérea de Gaza (Foto: Divulgação/FDI)

Nesta terça-feira (13) o governo brasileiro expressou grande preocupação com o anúncio de Israel sobre a preparação de uma nova operação militar na Faixa de Gaza, com a intenção de atuar na região de Rafah, na fronteira entre Gaza e o Egito.

O governo do petista Luiz Inácio Lula da Silva alertou para as “graves consequências” dessa possível operação, destacando preocupações com novas vítimas civis e um potencial movimento de deslocamento forçado de centenas de milhares de palestinos, algo que tem ocorrido ao longo do conflito.

O governo brasileiro considera o início de deslocamentos forçados de palestinos como um elemento indissociável da crise humanitária em Gaza desde o início do conflito entre o grupo terrorista Hamas e Israel. Segundo o Itamaraty, 80% dos residentes da Faixa de Gaza foram obrigados a deixar suas casas, sendo que a maioria buscou refúgio na região de Rafah, inicialmente indicada como segura pelas tropas israelenses.

O conflito na região do Oriente Médio não apresenta perspectivas claras de resolução, e o governo brasileiro reiterou seu apelo pela cessação das hostilidades e pela libertação dos reféns mantidos pelo Hamas, considerando esses passos como cruciais para superar a crise humanitária em Gaza. Na última sexta-feira, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, ordenou a preparação de um plano para a retirada da população civil da cidade de Rafah, localizada no extremo sul da Faixa de Gaza. A região é vista como o último refúgio para aproximadamente 1,5 milhão de pessoas, a maioria da população de Gaza, que foi forçada a fugir devido ao conflito entre o Hamas e Israel.

O governo brasileiro também ressaltou sua preocupação com o uso recorrente de civis como escudos humanos pelo Hamas e as dificuldades enfrentadas pelos palestinos para receberem assistência humanitária, que muitas vezes é desviada pelos grupos terroristas para benefício próprio. O Brasil não classifica o Hamas como uma organização terrorista e defende abordagens pacíficas para os desafios na região do Oriente Médio.

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