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Capelão processa líder da Igreja da Inglaterra por bloqueio de investigação

Bernard Randall, capelão ordenado da Igreja da Inglaterra, entrou com uma ação legal contra o Arcebispo de Canterbury.

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Bernard Randall (Foto: Reprodução/Christian Legal Center)

O Rev. Bernard Randall, capelão ordenado da Igreja da Inglaterra, entrou com uma ação legal contra o Arcebispo de Canterbury, Justin Welby, por impedir uma investigação disciplinar contra o Bispo de Derby, Libby Lane. Lane classificou Randall como “risco de proteção” devido às suas posições cristãs tradicionais sobre identidade de gênero.

A revisão judicial, marcada para esta terça-feira no Royal Courts of Justice, desafia a decisão de Welby de bloquear uma reclamação que alegava abuso dos procedimentos de proteção. Randall argumenta que Welby excedeu seus poderes, impedindo uma apuração justa sobre as ações de Lane, que resultaram em severas restrições à sua atividade ministerial.

O conflito teve início em 2018, quando Randall proferiu um sermão no Trent College, questionando as políticas de identidade promovidas pelo grupo Educate and Celebrate. Em resposta, ele foi denunciado pela escola ao órgão antiterrorismo Prevent, mas foi inocentado por todas as entidades investigativas, incluindo o LADO e o DBS.

Apesar disso, a Igreja da Inglaterra (CofE) manteve as restrições sobre Randall, impedindo-o de ocupar funções ministeriais. Desde sua demissão em 2020, ele permanece desempregado e foi rejeitado para diversos cargos.

Randall acusa a Igreja de instrumentalizar os procedimentos de salvaguarda para perseguir suas convicções teológicas. Segundo o Christian Legal Centre, um alto funcionário jurídico da CofE classificou como “claramente errada” a decisão de Welby de interromper o processo contra Lane.

“Parece uma tentativa de proteger a liderança sênior, ignorando a busca por justiça ou reconciliação”, disse Randall.

Antes da audiência, Randall apresentará uma petição com mais de 38.000 assinaturas, exigindo um pedido de desculpas público de Welby e a revogação das restrições ministeriais. “A salvaguarda foi transformada em arma política contra minhas crenças teológicas. Este caso expõe a tentativa da CofE de proteger seus líderes às custas da verdade e da justiça”, afirmou.

A decisão da corte será um marco para os limites da liberdade religiosa dentro da Igreja da Inglaterra.

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