Coreia do Norte é mais uma vez o pior país para o Cristianismo

A Open Doors divulgou sua Lista Mundial de Perseguição 2024, detalhando os 50 países onde os cristãos mais sofrem por sua fé. Assim, a Coreia do Norte ocupa o primeiro lugar pela 22ª vez em 23 anos. A organização foi especialmente crítica à nova política da China de devolver fugitivos à Coreia do Norte.

A China repatriou cerca de 600 norte-coreanos para o país comunista hermético em 9 de outubro de 2023. A maioria são mulheres e todos provavelmente enfrentarão um “inferno na Terra” ao retornar.

Alerta de Extrema Perseguição

No entanto, outras partes do mundo também preocupam seriamente, incluindo a África subsaariana. A Open Doors adverte que um “duplo golpe de instabilidade violenta e controle autoritário” pode eliminar completamente a presença cristã no país. Desse modo, a lista relata que pelo menos 4.606 cristãos foram mortos na região no ano passado por causa de sua fé. Espera-se que o número real seja muito maior.

“Minorias cristãs em todo o leste e oeste da África enfrentam ameaças existenciais gêmeas: desordem violenta explorada por jihadistas radicais e governos autocráticos apoiados por grandes potências fora da região”, revelou.

Nesse sentido, países da região na Lista Mundial deste ano incluem Burkina Faso em 20º, Mali em 14º, Moçambique em 39º, Nigéria em 6º e Somália em 2º. A Open Doors culpa a violência por “fraturas na governança e segurança” que abriram caminho para atividades jihadistas. Sendo assim, a organização afirma que islamistas estão explorando condições políticas instáveis em toda a África subsaariana.

“Seu objetivo é semear a desordem e, em última instância, tomar o poder, transformando regiões ou até nações em califados islâmicos administrados sob leis islâmicas Sharia.”

Aumento da Perseguição no Mundo

Além disso, a Open Doors está mais preocupada com a Nigéria, que responde por mais de 82% dos cristãos mortos por sua fé em todo o mundo. As comunidades cristãs foram vítimas de inúmeros ataques de militantes islâmicos pertencentes a grupos terroristas como o Boko Haram e a Província do Estado Islâmico da África Ocidental (ISWAP). Outros perpetradores são pastores Fulani radicalizados.

Por fim, as comunidades cristãs sofreram ataques sucessivos com assassinatos generalizados, estupros, mutilações, destruição de propriedades e sequestros por resgate. A Open Doors relata um aumento geral na quantidade e intensidade da perseguição em todo o mundo, com 365 milhões de cristãos enfrentando “níveis elevados” de perseguição por sua fé, um aumento de 360 milhões no ano passado.