opinião
Crescimento quantitativo: quem não deseja?
“A igreja, na verdade, tinha paz por toda a Judéia, Galiléia e Samaria, edificando-se e caminhando no temor do Senhor, e, no conforto do Espírito Santo, crescia em número”.
Um dos assuntos polêmicos entre os evangélicos é o crescimento numérico nas igrejas. Geralmente quando vemos uma situação em nosso meio na qual houve um crescimento em massa, fazemos o seguinte questionamento: será que há qualidade nisso? Isto se dá porque podemos perceber certos crescimentos em igrejas que são apenas numéricos, desprezando-se a qualidade.
Mas existem exceções? Claro que sim! Há situações em que houve um crescimento em termos numéricos, mas também com qualidade.
O grande problema é que muitas vezes temos medo de nossa igreja passar por um aumento na quantidade de membros e perder o sabor da qualidade, não é verdade? Parece que, para muitos, crescimento quantitativo é sinônimo da ausência qualitativa.
Mas querido, cá entre nós, quem não deseja um crescimento em termos numéricos? Vamos deixar a hipocrisia de lado e reconhecermos que almejamos liderar ou pertencer a uma igreja cuja frequência é de um número expressivo de pessoas.
O fato é que todos nós desejamos um crescimento quantitativo, mas que seja precedido pelo qualitativo. A igreja primitiva registrada no livro de Atos estava vivenciando um crescimento de novos convertidos sem igual (Atos 2:41,4:4).
Em Atos 9:31 temos o seguinte registro: “A igreja, na verdade, tinha paz por toda a Judéia, Galiléia e Samaria, edificando-se e caminhando no temor do Senhor, e, no conforto do Espírito Santo, crescia em número”.
Era uma igreja que estava crescendo tanto em números como espiritualmente.
Aqui, a qualidade não estava sendo descartada em detrimento ao crescimento numérico. Pelo contrário, a demonstração de uma forte fé foi uma das razões do impressionante número de convertidos no início da igreja.
Eles tinham paz uns com os outros, eram edificados no Senhor, e cheios do Espírito Santo. Acredito que mesmo sendo um modelo para nós hoje, a igreja primitiva também enfrentava problemas corriqueiros, pois onde há pessoas, há problemas.
Mas nada disso a impedia de avançar e crescer. Amado, igreja perfeita, sem mácula e pecado, só na eternidade. Podemos ver aqui a igreja do Senhor buscando a santificação, sendo aperfeiçoada pelo Espírito Santo, mas ainda com falhas em muitos pontos.
Deficiências sempre haverá, pois somos pecadores, porém inconformados com o pecado. A igreja pertence ao Senhor Jesus. É ele quem cuida, disciplina e salva o pecador. Às vezes condenamos com veemência grandes igrejas, que estão experimentando uma explosão numérica sem igual, mas no profundo do nosso ser almejamos que nossas igrejas também estejam lotadas.
Quem dera se as igrejas em pleno século XXI fossem cheias de pessoas perdidas em busca da salvação e arrependimento. Que a sua e a minha igreja venham a crescer tanto em números quanto na qualidade.
O crescimento quantitativo e qualitativo deve andar de mãos dadas em todo o tempo, nos lembrando sempre do que disse o apóstolo Paulo “Eu plantei, Apolo regou; mas o crescimento veio de Deus. De modo que nem o que planta é alguma coisa, nem o que rega, mas Deus, que dá o crescimento.” (I Coríntios 3:6,7).
Vamos fazer nossa parte. Vamos evangelizar e perseverar no ensino que produz vida, visando à expansão do reino de Deus. Que Deus te abençoe.