Crianças são decapitadas em onda de violência islâmica em Moçambique

Em um relatório recente da Save the Children, Plan International e World Vision mostrou que as crianças estão sofrendo desproporcionalmente com o aumento do conflito em Cabo Delgado, ao norte de Moçambique, piorou nos últimos 12 meses.

Com a insurgência da violência, quase 3 mil pessoas foram mortas e mais de 800 mil deslocadas desde outubro de 2017, porém no último ano a violência aumentou no local com ataques violentos por rebeldes islâmicos.

Assim, devido à extensão do conflito armado nas aldeias e cidades capitais do distrito, elevou o número de vítimas e expôs as crianças a “graves violências”, como decapitação de crianças de 12 anos em março e muitas outras órfãs.

Um ataque em março a Pala, uma cidade no nordeste de Moçambique, levou a uma estimativa de que 67.848 pessoas foram deslocadas em 4 de junho, onde muitas crianças afetadas foram separadas de seus pais ou ficaram órfãs, durante a tentativa de fuga.

Cristãos estão sofrendo perseguição

A diretora de comunicações da Portas Abertas, Amy Lamb, disse que essa nova onda de violência teve um preço devastador, e que pela primeira vez, Moçambique foi adicionado ao ranking do World Watch List, como um dos países mais perseguidos.

Por causa do cristianismo que representa 50% da população (17 milhões de cristãos), os grupos jihadistas como o Al Shabab, Boko Haram e Al Qaeda, filiados ao estado islâmico, estão procurando aumentar os seus territórios.

“Então, no que diz respeito ao governo de Moçambique, de certa forma, não está ajudando porque existem algumas dessas antipatias [contra cristãos], mesmo no nível mais alto, então, quando está difundido no nível mais baixo, está se combinando em uma tempestade perfeita”, disse Lamb.

Lamb ainda alerta que a comunidade internacional deve estar preocupada com a situação da violência em Moçambique causada pelo Estado Islâmico na região, e exortou a Igreja a orar pelos cristãos do país e pelos deslocados, informou o The Christian Post.