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Cristã em campo de concentração leva mulheres a Jesus na Coreia do Norte

Mesmo em meio à fome, sofrimento e terror, Hea-Woo acreditava que Deus tinha um propósito para sua vida naquele campo de reeducação.

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Hea-Woo (Foto: Reprodução/Portas Abertas)

Hea-Woo, uma cristã norte-coreana, enfrentou a brutalidade do regime comunista ao fugir para a China, buscando liberdade. No entanto, ao ser capturada e deportada de volta à Coreia do Norte, ela foi enviada a um campo de reeducação, onde sua fé se tornou alvo de punição severa.

Ao descrever sua experiência para a Missão Portas Abertas, Hea-Woo lembrou do aviso ameaçador na entrada da prisão: “Não tente escapar. Você será morto”. Essa advertência resumia a dura realidade dos campos, onde prisioneiros eram submetidos a trabalho forçado desde as 5h da manhã, com alimentação escassa. Hea-Woo revelou que recebia apenas duas ou três colheres de arroz por refeição, uma dieta de 500 calorias diárias — bem abaixo do necessário para manter uma pessoa saudável.

“Muitos prisioneiros tentavam capturar insetos, sapos, ratos e cobras para aliviar a fome, mas, se pegos pelos guardas, eram torturados ou confinados em gaiolas”, explicou ela. À noite, além de uma refeição mínima, as detentas tinham que participar de sessões de treinamento ideológico, onde eram forçadas a ofender umas às outras. “Era a parte mais difícil do dia”, disse Hea-Woo. “Nossos olhos se fechavam de exaustão, mas tínhamos que prestar atenção. Caso contrário, éramos punidas.”

Segundo Portas Abertas, a situação degradante levava muitos prisioneiros à morte, e os corpos eram queimados. “Todos os dias caminhávamos sobre as cinzas daqueles que faleceram, e eu pensava: ‘Um dia, os outros prisioneiros estarão pisando em mim’”, recordou.

Mesmo em meio à fome, sofrimento e terror, Hea-Woo acreditava que Deus tinha um propósito para sua vida naquele campo de reeducação. “O Senhor me disse para evangelizar”, contou. Com coragem, ela testemunhou a outras prisioneiras, levando cinco mulheres a aceitar a fé cristã. Juntas, elas formaram uma igreja secreta no campo, reunindo-se aos domingos e no Natal para glorificar a Deus em segredo.

Hoje, vivendo como refugiada na Coreia do Sul, Hea-Woo compartilha seu testemunho pelo mundo, pedindo que os cristãos intercedam por seus irmãos na Coreia do Norte, que continuam sofrendo pela fé em Jesus.

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