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Cristãos levam hospital a Mianmar para socorrer vítimas de terremoto

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A organização cristã humanitária Samaritan’s Purse, com sede na Carolina do Norte, está mobilizando sua estrutura de resposta a desastres para atender à população de Mianmar, após o terremoto de magnitude 7,7 que atingiu o país e partes da Tailândia na sexta-feira (4 de abril de 2025).

Segundo informações oficiais divulgadas pela Reuters, o número de mortos em Mianmar subiu para 2.719 até a terça-feira (8), com 441 pessoas desaparecidas e mais de 4.000 feridos. Estima-se que o número de vítimas fatais possa ultrapassar 3.000 nas próximas horas.

A aeronave DC-8 da Samaritan’s Purse decolou de Greensboro, na Carolina do Norte, na segunda-feira, com destino a Calgary, Canadá, onde foi carregada com um hospital de campanha e suprimentos médicos adicionais. A instituição também mobilizou especialistas em resposta a desastres e equipes locais de seus escritórios no Vietnã e no Camboja.

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“Agora, as famílias estão de luto pela perda de entes queridos e muitas ficaram sem nada — dormindo ao relento, sob os elementos, enquanto os tremores secundários continuam”, declarou Franklin Graham, presidente da organização, em nota divulgada ao The Christian Post. “A Samaritan’s Purse está respondendo em nome de Jesus para trazer alívio aos que estão sofrendo”.

Graham também pediu orações aos cristãos: “Orem por todos os afetados e por nossas equipes enquanto servem”.

Hospital de campanha

O hospital de campanha enviado inclui duas salas de cirurgia, um pronto-socorro, enfermarias, uma farmácia e um laboratório. A estrutura foi projetada para atender um volume elevado de casos de trauma, incluindo cirurgias de emergência, transfusões de sangue e distribuição de medicamentos essenciais.

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Segundo a organização, 28 especialistas em resposta a desastres — entre médicos, enfermeiros e técnicos — estão a bordo da aeronave e atuarão diretamente nas áreas mais atingidas.

Hospitais sobrecarregados

A devastação provocada pelo terremoto causou o colapso de estradas, pontes e redes de comunicação, dificultando os resgates. A Organização Mundial da Saúde (OMS) informou que o sistema de saúde foi sobrecarregado, com pelo menos três hospitais destruídos e outros 22 danificados.

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Em Mandalay, segunda maior cidade de Mianmar, milhares de moradores passaram três noites nas ruas, com medo de novos tremores. O hospital geral da cidade, com capacidade para 1.000 leitos, foi evacuado após sofrer danos estruturais.

Ainda em Mandalay, equipes de resgate relatam que 50 monges foram encontrados mortos em um mosteiro, onde cerca de 270 estavam reunidos para exames no momento do abalo. Outros 150 seguem desaparecidos, enquanto 70 conseguiram escapar com vida.

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Situação humanitária

Diante da magnitude do desastre, o Ministério da Saúde de Mianmar solicitou ajuda internacional. A ONU lançou um apelo emergencial por US$ 8 milhões para financiar operações de socorro no país, onde quase 20 milhões de pessoas já necessitavam de ajuda humanitária antes do terremoto, em razão da instabilidade política desde o golpe militar de 2021.

Diversos países, incluindo China, Rússia, Índia, Tailândia e Malásia, enviaram ajuda e pessoal. A atuação de grupos religiosos e organizações locais também tem sido essencial na coordenação de esforços.

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As remessas de suprimentos da Samaritan’s Purse previstas para os próximos dias incluem sistemas de filtragem de água, materiais para abrigos, kits de higiene e lanternas.

Denúncias de ataques durante a crise

Mesmo em meio à catástrofe, denúncias de ataques aéreos realizados pelo governo militar continuam a surgir. No domingo (6), a União Nacional Karen — uma das mais antigas facções armadas étnicas do país, formada por muitos cristãos — acusou a junta militar de manter bombardeios sobre áreas civis.

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“A junta continua realizando ataques aéreos contra áreas civis, mesmo com a população sofrendo tremendamente com o terremoto”, declarou o grupo.

O episódio agrava a crise humanitária e coloca desafios adicionais à atuação das equipes de resgate e organizações de ajuda.

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