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Cristãos na Bielorrússia são presos e ameaçados de perder os filhos

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Cristãos durante manifestação na Bielorrusia (Reprodução)

Cristãos da Bielorrússia, país do Leste Europeu, estão sofrendo prisões e ameaças por terem protestado contra a ditadura que se instaurou no país, depois de uma eleição fraudulenta. Entre as ameaças sofridas pelo religiosos, o regime diz que vai tirar seus filhos se continuarem a participar de manifestações.

“Infelizmente, agora isso pode se tornar uma realidade e não apenas intimidação”, disse um cristão em uma mensagem da capital, Minsk. “Por favor, ore para que o Senhor proteja nossa família”, continuou ao pedir que não fosse identificado.

Segundo informa o Christian Chronicle, vários cristãos foram presos, assim como outras pessoas que protestavam contra Alexander Lukasshenko, que não quer deixar a Presidência do país. Os cristãos estão temerosos devido as ameaças que estão sofrendo.

Não queremos ficar calados sobre a ilegalidade que as autoridades estão cometendo agora”, acrescentou. “Mas também não queremos perder nossos filhos. Seu apoio é muito necessário!”, pediu.

No poder desde 1994, Lukashenko é considerado o último ditador da Europa, mas tem sofrido com a pressão popular que pede a sua saída. Sua eleição para o sexto mandato é vista como fraudulenta, já que pesquisadores dizem que houve diversas irregularidades.

O principal opositor ao regime, Sergei, foi preso antes da eleição. Ele é um blogueiro da oposição e sua esposa, Sviatlana Tsikhanouskaya, acabou concorrendo em seu lugar. Depois da fraude nas eleições, a candidata teve de se exilar fora do país.

Cristãos

Como grupos cristãos foram às ruas, fazendo manifestações pacíficas, inclusive portando Bíblias produzidas pela Missão do Leste Europeu, uma organização sem fins lucrativos que tem apoio das igrejas, o regime passou a considerar o segmento religioso como inimigo.

“Por favor, orem por eles”, disse Bart Rybinski, vice-presidente da Operações Europeias Bart Rybinski. “É um desafio que, com tudo o que está acontecendo no mundo, a situação na Bielo-Rússia esteja recebendo tão pouca atenção”, continuou.

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