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Cristãos são afetados pelo crime organizado no México

O estado de Chipas, um dos mais pobres do México, é dominado pela violência, e isto afeta especialmente jovens cristãos.

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México (Foto: Reprodução/Portas Abertas)

Nos últimos meses, o estado de Chiapas, localizado no sul do México, tem enfrentado uma escalada drástica na violência. Este aumento tem comprometido a segurança, a estabilidade e o bem-estar da população, incluindo a comunidade cristã local. Chiapas ocupa a 37ª posição na Lista Mundial da Perseguição 2024, refletindo a vulnerabilidade da região.

A localização geográfica de Chiapas, na fronteira com a Guatemala, tem facilitado a atuação do crime organizado, particularmente dos cartéis de drogas como o cartel Sinaloa e o cartel Jalisco New Generation. Estes grupos utilizam a região para traficar narcóticos para outros estados mexicanos e para os Estados Unidos.

Além disso, Chiapas é um dos estados mais pobres do México, segundo o Instituto Nacional de Estatísticas, Geografia e Informação (INEGI). A pobreza e a vulnerabilidade social tornam a região propícia ao domínio dos cartéis, contrastando com os avanços modernos do país, como a eleição da primeira mulher presidente, Claudia Sheinbaum, em junho de 2024.

As disputas entre os cartéis resultam em derramamento de sangue e recrutamento forçado de jovens para o crime. Muitas famílias são obrigadas a pagar propinas, e outras são forçadas a se deslocar. A violência crescente tem afetado diretamente a vida dos cristãos em Chiapas, que vivem com medo e insegurança.

Cristãos locais têm buscado conforto e suporte uns nos outros. Um pastor relatou que ajudou um irmão na fé que estava preocupado e deprimido, lendo a Bíblia e orando com ele. Os pastores e líderes cristãos da região têm participado de treinamentos especiais organizados pela Portas Abertas para aprender a lidar com a perseguição e a violência.

Parceiros locais da Portas Abertas viajam grandes distâncias para apoiar os cristãos perseguidos, enfrentando bloqueios de estrada e outros empecilhos que duplicam o tempo de viagem. Além disso, evitam viajar à noite devido ao risco de assaltos por grupos criminosos.

Asunción Martinez, que trabalha com a Portas Abertas na região, mencionou os desafios diários e os riscos envolvidos no trabalho de apoio aos cristãos. Apesar das dificuldades, os cristãos locais continuam a socorrer uns aos outros, mantendo o foco nas verdades bíblicas e buscando alternativas para continuar seu ministério.

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