igreja perseguida

Daniel Ortega acusa Igreja Católica de ser “ditadura perfeita”

Membros do clero fogem de Nicarágua por medo de serem presos pelo governo autoritário de Daniel Ortega.

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Daniel Ortega (Foto: Inti Ocon / AFP / Getty Images)

Recentemente, o Presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, afirmou que a Igreja Católica é uma “ditadura perfeita” por não permitir que a maioria dos católicos elejam o Papa e o resto das suas autoridades religiosas. Segundo ele, tudo é imposto, a igreja é uma tirania perfeita.

“Quem escolhe os padres, quem escolhe os bispos, quem escolhe o papa, os cardeais? Se vão ser democráticos, devem começar a eleger o papa, os cardeais, os bispos”, disse.

Nesse sentido, o confronto entre a Igreja Católica e o governo se intensificou no dia 19 de agosto, quando ocorreu a prisão domiciliar do Bispo Rolando Alvarez, que tem sido muito crítico em relação ao presidente.

Desta forma, o governo disse que Alvarez foi preso porque estava envolvido “em atividades desestabilizadoras e provocativas”. Nove padres católicos foram presos na Nicarágua, outro encontra-se em prisão domiciliar e muitos membros do clero fugiram do país para evitar serem presos por levantarem a voz contra o governo autoritário.

Além disso, mais de 40 dos opositores de Ortega foram presos pelas forças de segurança do governo meses antes das eleições presidenciais do país.

Sendo assim, a comunidade católica no país condenou as violações dos direitos humanos, a perseguição religiosa e os abusos de poder por parte de Ortega e da sua esposa, a vice-presidente Rosario Murillo.

De acordo com Anadolu Agency, desde abril de 2018 a Nicarágua vem enfrentando uma crise política e social, exacerbada por uma eleição presidencial que a comunidade internacional tem denunciado como não sendo livre nem justa.

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