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Declaração de Seul não sofrerá alterações, confirmam líderes do Movimento de Lausanne

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Declaração de Seul não sofrerá alterações, confirma liderança do Movimento de Lausanne

A liderança do Movimento de Lausanne anunciou, em teleconferência realizada na quarta-feira com cerca de 200 participantes, que nenhuma outra mudança será feita na Declaração de Seul.

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O documento, que emergiu do Quarto Congresso de Lausanne sobre Evangelização Mundial em Seul, Coreia do Sul, no ano passado, gerou controvérsias devido à sua publicação inesperada no primeiro dia do evento e edições de última hora em seções relacionadas à homossexualidade.

O congresso reuniu 5.400 participantes de 200 países e territórios, além de 2 mil participantes online, tornando-se o maior e mais diverso evento na história do movimento. Diante das reações negativas, a liderança de Lausanne abriu um processo de consulta pós-evento para coletar feedback, mas agora afirma que a versão final do documento está consolidada.

Posição final sobre o documento

Durante a teleconferência, os copresidentes do Grupo de Trabalho de Teologia (TWG), Ivor Poobalan e Victor Nakah, explicaram a origem e os propósitos da declaração. Eles destacaram que sua elaboração envolveu cerca de 30 teólogos de diversas partes do mundo e que a intenção nunca foi abrir o texto para contribuições do público do congresso.

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A decisão foi reforçada pelo diretor de comunicações de Lausanne, Michael du Toit, que afirmou no chat da teleconferência: “A Declaração de Seul está em sua forma final”. Uma declaração publicada no site oficial em 24 de fevereiro confirmou que, apesar da ausência de revisões adicionais, os temas abordados na declaração continuarão sendo discutidos.

Objetivo e lacunas teológicas

Os teólogos do TWG relataram que a Declaração de Seul foi estruturada em torno do livro de Neemias, buscando “preencher lacunas” na compreensão teológica e missionária contemporânea. Seis temas centrais foram abordados, incluindo a interpretação das Escrituras, discipulado e a identidade da Igreja. Poobalan enfatizou que, ao contrário do Pacto de Lausanne (1974), do Manifesto de Manila (1989) e do Compromisso da Cidade do Cabo (2010), a nova declaração não pretende substituir esses documentos, mas complementá-los.

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Insatisfação

Apesar da explicação oficial, diversos participantes de abordagem mais liberal expressaram frustração com a falta de transparência no processo de elaboração e com a ausência de diversidade teológica em algumas seções do documento. Alguns relataram dificuldades para obter respostas da liderança de Lausanne sobre questões específicas.

A organização, no entanto, reiterou que as discussões podem continuar por meio da plataforma online Action Hub, onde participantes são incentivados a debater os temas da declaração e seus desdobramentos, de acordo com o The Christian Post.

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