igreja perseguida

Especialistas dizem que China e Irã estão usando IA para reprimir e perseguir cristãos

Na China, o Partido Comunista usa reconhecimento facial para monitorar a participação em cerimônias religiosas.

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Ler a Bíblia e orar (Foto: Reprodução/Unsplash)

Os regimes autoritários da China e do Irã estão utilizando tecnologias de inteligência artificial (IA), como o reconhecimento facial, para monitorar e reprimir cristãos em níveis inéditos, alertou o presidente da Comissão dos EUA sobre Liberdade Religiosa Internacional, Stephen Schneck. Em uma entrevista ao Premier News, Schneck destacou que essas novas tecnologias oferecem aos governos ferramentas mais avançadas para identificar e perseguir indivíduos com base em sua fé.

“Na China, o Partido Comunista usa reconhecimento facial para monitorar a participação em cerimônias religiosas, permitindo que identifiquem e reprimam cristãos de forma mais eficiente do que nunca”, afirmou Schneck. “Essas tecnologias, disponíveis em várias partes do mundo, representam um cenário orwelliano e são um grande motivo de preocupação.”

Segundo The Christian Post, essa questão foi discutida na Conferência Ministerial Internacional sobre Liberdade de Religião ou Crença, realizada em Berlim, que focou no uso da IA por regimes autoritários para controlar grupos religiosos. Segundo Schneck, essa vigilância representa uma ameaça direta aos cristãos, já que governos autoritários veem a religião como um desafio ao seu poder, por oferecer uma autoridade que vai além do estado ou do partido.

A China, em particular, tem usado a IA em seus sistemas de controle social e militar, conforme Arthur Herman, pesquisador do Hudson Institute, advertiu recentemente. Ele afirmou que a meta da China é se tornar uma superpotência em IA até 2030, com um terço dos investimentos globais no setor. Essas ferramentas já estão sendo usadas para monitorar minorias religiosas, como os uigures, e a preocupação é que essa tecnologia seja exportada para outros regimes autoritários.

Líderes religiosos têm se manifestado sobre as implicações éticas da IA. George Barna, especialista em tendências religiosas, pediu cautela ao Corpo de Cristo, alertando sobre os impactos negativos da IA na saúde mental e espiritual. A Convenção Batista do Sul e a Aliança Evangélica Mundial também expressaram preocupações, destacando a necessidade de discernimento ao utilizar essas tecnologias emergentes, afirmando que elas podem ser desumanizadoras se não forem usadas com sabedoria.

 

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