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Estadão acusa Damares de envolvimento em desvio de recursos
Segundo reportagem, as ONGs direcionaram os recursos por meio de propostas fictícias ou simuladas.
O jornal O Estado de São Paulo fez uma reportagem acusando o antigo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, que foi comandado pela atual senadora Damares Alves, de usar organizações não-governamentais (ONGs) em um esquema de direcionamento de recursos públicos, contratações irregulares e falsificação de documentos.
De acordo com relatório da Controladoria-Geral da União (CGU), as ONGs Instituto de Desenvolvimento Social e Humano do Brasil (IDSH) e Instituto Nacional de Desenvolvimento Humano (Inadh) receberam recursos do ministério para a formação profissional de adolescentes, mulheres presidiárias e vítimas de violência. No entanto, o dinheiro foi desviado para empresas de fachada, cujos sócios seriam “laranjas”. O prejuízo aos cofres públicos é estimado em pelo menos R$ 2,5 milhões.
Segundo o relatório, as ONGs direcionaram os recursos por meio de propostas fictícias ou simuladas, desviando o dinheiro que deveria ser usado na contratação de gráficas, empresas de locação de equipamentos e veículos para a realização de cursos de formação. As contratações deveriam ser feitas por meio de licitação.
Uma das empresas beneficiadas foi a Globo Soluções Tecnológicas, que recebeu R$ 11,7 milhões para a locação de equipamentos. No entanto, a empresa não possui funcionários e sua sede, de acordo com dados da Receita Federal, é um barraco no Rio de Janeiro. A sócia-administrativa da empresa é apontada como “laranja” e recebeu auxílio emergencial durante a pandemia, o que entra em conflito com os recursos milionários recebidos pela empresa.
Outra empresa citada no relatório é a Total Service Rio LTDA, cujo sócio foi secretário parlamentar do ex-deputado federal Professor Joziel. O parlamentar, que era próximo de Damares, recebeu emendas ao orçamento destinadas ao ministério e indicou o IDSH como beneficiário final. O IDSH recebeu R$ 13,4 milhões do governo federal desde janeiro de 2019.
A senadora Damares Alves foi procurada pelo Gospel Prime, mas até o fechamento da matéria não retornou o nosso contato. Essa não é a primeira vez que o nome dela é citado em suposto esquema de corrupção.