sociedade
Estado Islâmico assume controle de cidade em Moçambique
Organização não-governamental diz que há diversos cadáveres espalhados pelas ruas.
O Estado Islâmico reivindicou a tomada da cidade de Palma, ao norte de Moçambique, localidade portuária que fica a dez quilômetros do local onde uma refinaria de extração de gás está sendo construída com investimento francês.
De acordo com os radicais islâmicos, a tomada foi possível através do grupo Al Shabab, filiado no país, que começaram a cercar Palma na última quarta, 24 de março.
O cerco coincidiu com o anúncio das empresas Total, da França, Eni, da Itália, e ExxonMobil, dos Estados Unidos, de que as obras na refinaria seriam retomadas.
O Estado Islâmico afirma que os seus jihadistas assumiram definitivamente o controle da cidade no sábado, 27, depois de terem tomado a sede do governo local, quartéis militares, fábricas, bancos e prédios.
Segundo anunciou a organização terrorista, pelos menos 55 cristãos e soldados moçambicanos foram mortos durante a invasão, além de alguns estrangeiros.
O jornal britânico The Times confirmou que pelo menos um cidadão do Reino Unido faleceu durante a invasão, mas ainda não há números oficiais da tragédia.
Já a organização não-governamental Human Rights Watch relata que boa parte do município de 75 mil habitantes foi destruído e que há diversos cadáveres espalhados pelas ruas de Palma, alguns deles decapitados.