vida cristã
Estudioso aposta em crescimento dos evangélicos em 2019, enquanto Islã encara mudanças
Cenários políticos devem afetar situação religiosa em diversos países
Uma estudioso do cenário religioso mundial, o pastor Johnnie Moore acredita que teremos mudanças grandes este ano. Ele já foi conselheiro de vários candidatos presidenciais prevê “transições globais, alianças dinâmicas e crescimento evangélico”.
Fundador da ONG Kairos Company e também comentarista político de TV, Moore trabalhou junto ao governo dos Estados Unidos e lidou com líderes mundiais, sobretudo de países muçulmanos, como o príncipe herdeiro da Arábia Saudita. Tem servido também como porta-voz da Comissão sobre Liberdade Religiosa Internacional dos EUA, sendo parte do grupo de pastores que assessoram o governo Trump.
Suas credenciais permitem que ele consiga ter uma visão abrangente da situação religiosa no planeta e prever que haverá “mudanças positivas” na questão fé, apostando no crescimento dos evangélicos. Falando ao CBN News, Moore destacou a transição de poder ocorrendo em várias instituições históricas. “Seja politicamente, academicamente ou teologicamente, há mudanças sendo feitas no poder”, disse.
Colaboração da era digital
A “era digital” tem colaborado bastante para tais mudanças. “A tecnologia, alimentada cada vez mais pela proliferação de dispositivos móveis, está catapultando o mundo para outra dimensão de pensamento e expressão”, observou. Naturalmente, a mídia social tem desempenhado um papel significativo em instituições como religião e política.
Com isso, indivíduos têm agora acesso a mais conhecimento sobre diferentes pontos de vista, inclusive religiosos. Moore aposta também no que chama de “alianças dinâmicas”, que incluem mudanças nas normas culturais e institucionais. O analista vê que isso se reflete nos esforços inter-religiosos globais, que estão crescendo gradualmente.
Ao mesmo tempo, ele aguarda um aumento nas mudanças nos percentuais religiosas. Em cenários de perseguição, vê a tendência de crescimento do Islã em países que hoje tem quase o mesmo número de cristãos e muçulmanos. “O ano de 2019 pode apresentar a possibilidade real de vermos um ou mais países consolidar sua maioria muçulmana”, revelou, ao falar sobre o continente africano. Essas mudanças ocorrem pelo avanço de governos que não combatem o extremismo, como na Nigéria.
Outro cenário que se desenha é uma resolução para o conflito israelense-palestino, através de uma proposta diplomática “definitiva” apresentada pelos EUA a Israel. Outras previsões incluem um aumento nos esforços de evangelização sobretudo nas Américas, à medida que o catolicismo tem perdido espaço para evangelicalismo.
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