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Evangélicos italianos criticam presença de líder em culto ecumênico do Vaticano

Evangelistas Italianos protestam contra “agenda ecumênica” da Aliança Evangélica Mundial.

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Líderes de vinte confissões de fé cristã rezam com o Papa Francisco (Foto: Reprodução/Facebook)

Líderes evangélicos italianos protestaram contra a participação “ativa e pública” do líder da Aliança Evangélica Mundial (WEA) em um grande evento de oração ecumênica organizado no Vaticano antes da primeira sessão do Sínodo dos Bispos da Igreja Católica Romana, a acontecer nos dias 4 a 29 de outubro de 2023.

Nesse sentido, o evento realizado no dia 30 de setembro, na Praça de São Pedro, em Roma, contou com orações dos líderes de vinte confissões cristãs, incluindo a Comunhão Anglicana, a Federação Luterana Mundial e o Conselho Mundial Metodista. O objetivo dessa vigília de oração era “confiar ao Espírito Santo os trabalhos da primeira sessão da XVI Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos”.

Thomas Schirrmacher, Secretário-Geral da Aliança Evangélica Mundial, foi um dos líderes religiosos que proferiu uma oração no palco. Outros representantes evangélicos que falaram na vigília de oração foram os líderes da Fraternidade Mundial Pentecostal e da Aliança Mundial Batista.

De acordo com Evangelical Focus, a Aliança Evangélica Italiana (AEI), que representa os evangélicos italianos na Aliança Evangélica Mundial como organização membro, reagiu com surpresa à participação ativa de Thomas Shirrmacher como líder da entidade global que representa 600 milhões de cristãos evangélicos.

“Ficamos confusos e desapontados. Quando você ora publicamente com o Papa, na Praça de São Pedro, diante de um retrato de Maria, abraçando a mensagem de unidade espiritual com líderes liberais e ortodoxos, sua suposta distinção se torna secundária. A identidade evangélica se dissolve na unidade ecumênica com a Igreja Católica Romana e o Conselho Mundial de Igrejas”, disse a diretoria executiva federal da AEI.

Desse modo, a AEI afirmou que a participação neste grande evento ecumênico para orar pelo sínodo católico romano foi “o ponto mais baixo que a WEA experimentou em sua história, com uma perda significativa de credibilidade evangélica” e confirmaria que as preocupações expressas pela Aliança Italiana no passado sobre a “agenda ecumênica” da liderança da WEA eram “totalmente legítimas”.

Além disso, a AEI pediu à liderança da WEA que “não viole a posição histórica evangélica sobre a unidade e que a substitua por uma ecumênica sem envolver toda a base da WEA em uma discussão pública que leve a uma decisão”.

“Essas não são questões para serem tratadas nos bastidores entre algumas pessoas, enquanto o restante da base toma conhecimento de suas decisões. Estamos comprometidos com a causa da unidade evangélica fundamentada no evangelho. Deixemos que o evangelho de Jesus Cristo, e não a agenda ecumênica, seja nosso guia”, concluiu o comunicado.

Nas últimas décadas, a Aliança Evangélica Italiana expressou sua oposição ao ecumenismo com o Vaticano, com teólogos como Leonardo De Chirico, Cadeira de Teologia da AEI, escrevendo regularmente sobre sua posição. A Aliança nacional escreveu uma carta aberta em 2017 ao lado das Alianças Evangélicas da Espanha e Malta, denunciando a “agenda ecumênica” que a WEA estava perseguindo.

 

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