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Ex-islâmico se converte dentro de uma prisão

“Deus não olhou para o muçulmano, mas olhou para o ser que ele criou”, afirmou.

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Em entrevista ao programa Mente Aberta da Rede Super, o palestrante libanês Nasrat Mohamed Jamil conta detalhes sobre a sua conversão ao cristianismo. O ex-muçulmano veio morar no Brasil, em Foz do Iguaçu (PR), na década de 80, e disse que foi bem sucedido e feliz durante muitos anos.

Logo após enfrentar problemas no casamento também viu sua empresa ir à falência. “Afundei totalmente e naquele momento não encontrei nenhum amigo”, lembrou. Descrevendo-se como um homem orgulhoso, no passado, confessou que “apelou até para os centros de macumba”.

Na ocasião, também foi convidado a ter participação no tráfico de drogas do Rio de Janeiro, em troca do pagamento de todas as dívidas que tinha acumulado. Jamil aceitou o convite, resolveu sua questão financeira, mas depois se tornou “refém” da máfia.

“Eles me procuraram depois, sabiam tudo sobre a minha família, nome por nome. Me ofereceram 1 milhão de dólares por cada transação feita. Eu me vendi, topei trabalhar com eles como traficante internacional e mantinha um comércio de fachada”, revelou.

Grandes perdas

“Por não ter mais tempo, perdi minha família, passei por uma separação terrível, meus filhos me odiavam. Foi um preço muito caro”, relata. Dinheiro, poder e arrogância tomaram conta de sua vida, como ele mesmo testemunhou.

Depois de uma discussão com a mãe, o relacionamento também foi abalado. “Ela me disse ‘não te abençoo’ e a partir daquele momento tudo começou a dar errado. Tive prejuízos, falhas, mortes. Isso aconteceu por volta de 1994”, disse.

“Durante uma grande operação da Polícia Federal aqui no Brasil, a quadrilha foi capturada com uma quantidade de droga avaliada em 150 milhões de dólares. Sete toneladas de cocaína. A terceira maior carga do mundo, até o dia de hoje”, relembra.

Prisão e conversão

Após ser descoberto pela polícia, Jamil foi preso. Durante a prisão, recebeu um tratamento diferenciado. “Havia um agente que parecia um anjo da guarda, me dava água, me orientava em vários assuntos. Ele era cristão e pregava a palavra de Deus naquele lugar”, conta.

Numa ocasião, seu colega de cela recebeu uma Bíblia. “Muçulmano não toca em Bíblia, mas eu tinha necessidade de ler alguma coisa e pedi a Bíblia dele. Uma voz falou comigo ‘Salmo 23’. Senti algo diferente lendo aquele salmo”, enfatizou.

“Me interessei. Se o livro de Salmos era assim, queria saber o que mais havia ali. Passei três meses roubando a Bíblia dele”, riu. E após ler as escrituras de capa a capa, revelou que “sentiu sede”, ajoelhou-se e disse: “Senhor Jesus, eu te recebo como meu Senhor e Salvador”.

Depois de ser batizado dentro do presídio “recebi o batismo do Espírito Santo também”, contou. Houve reconciliação com a mãe que estava no Líbano, por telefone. A sentença que era de 20 anos, durou menos de quatro.

“Deus não olhou para o muçulmano, não olhou para o traficante, mas olhou para o ser que ele criou. Ele mudou a minha vida. Depois de tudo, fui ameaçado de morte, mas ninguém me toca porque sou um milagre de Deus”, declarou. Jamil voltou para sua família e, atualmente, esposa e filhos são convertidos e todos fazem parte de um ministério.

Assista!

Jornalista e pesquisadora apaixonada pela Bíblia. Desenvolveu um trabalho de "Jornalismo Investigativo Bíblico", é autora dos livros Derrubando Mitos e Apocalipse Investigado. Seus temas envolvem missões transculturais, Igreja Perseguida, teorias científicas, escatologia e análises de textos bíblicos.

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