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Ex-muçulmano cai em cilada mortal após conversão

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Ex-muçulmano cai em emboscada mortal após conversão
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Um ex-muçulmano do leste de Uganda foi morto em 19 de agosto, poucos meses após abraçar a fé cristã, informaram fontes locais. Mohammed Nagi, de 38 anos, residente da aldeia de Nyanza Sul, distrito de Budaka, foi atraído por um amigo muçulmano até a aldeia de Kamonkoli, onde perdeu a vida. Pai de cinco filhos, com idades entre 4 e 15 anos, Nagi havia se convertido ao cristianismo em março deste ano.

Segundo relatos de sua esposa, Katooko Nusula, a família decidiu seguir a fé cristã após uma visita de um pastor de Mbale em 2 de março. “Ele compartilhou o evangelho em nossa casa, e todos nós aceitamos a Cristo”, afirmou Nusula. Duas semanas depois, passaram a frequentar a igreja local, mas logo enfrentaram vigilância e questionamentos de parentes e conhecidos.

Um dos amigos de Nagi, identificado apenas como Rajabu, e outros familiares o confrontaram pela ausência nas orações de sexta-feira na mesquita. “Eles disseram que ele merecia ser morto, porque nunca viram ninguém na família abandonar o islamismo, considerado por eles a verdadeira religião vinda do céu através do profeta Muhammad”, relatou Nusula.

O crime

Na noite de 19 de agosto, por volta das 20h, Nagi recebeu uma ligação de Rajabu, que lhe prometeu um trabalho e pediu um encontro no centro comercial Mailo 5. Apesar do alerta da esposa para não sair à noite, Nagi decidiu encontrá-lo. “Ele disse que Rajabu havia indicado a urgência, para que não perdesse o emprego”, recordou Nusula.

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Horas depois, a família perdeu contato. Na manhã seguinte, o corpo de Nagi foi encontrado por uma vizinha, Naisu Isima. O caso foi registrado na delegacia central de Budaka sob o número CRB 070/2025. O policial Kwebiiha Sarapio, que esteve no local, informou: “O corpo do falecido foi encontrado com ferimentos na cabeça e havia sido arrastado por cerca de 20 metros em uma estrada lamacenta. Não havia sinais de estrangulamento”. O corpo foi encaminhado para necropsia em Mbale.

Rajabu desapareceu e é o principal suspeito da polícia, conforme informado pelo Christian Daily.

Contexto da perseguição

A viúva agora cuida sozinha dos cinco filhos pequenos, de 4, 7, 9, 12 e 15 anos. O assassinato de Nagi soma-se a outros episódios recentes de perseguição religiosa contra cristãos em Uganda. Embora a Constituição do país garanta liberdade de religião e o direito de conversão, ataques contra novos convertidos ainda são registrados, principalmente no leste, onde há forte presença muçulmana.

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Os muçulmanos representam cerca de 12% da população de Uganda, com maior concentração em regiões orientais. Casos como o de Nagi revelam a tensão existente entre a liberdade religiosa assegurada em lei e as pressões comunitárias enfrentadas por ex-muçulmanos que decidem seguir a fé cristã.

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