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Extremistas destrõem igrejas em ataques no Moçambique

Estado Islâmico atacou forças de segurança em Cabo Delgado.

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Casas queimadas em Moçambique
Casas queimadas em Moçambique (Foto: Reprodução/Facebook)

A crescente violência perpetrada por grupos extremistas islâmicos no Norte de Moçambique tem causado uma crise humanitária, levando milhares de pessoas, incluindo cristãos, a se tornarem deslocadas internas na região. Maria, um pseudônimo para proteger sua identidade, é uma dessas vítimas. A jovem de 20 anos fugiu com sua filha de dois anos depois que sua cidade natal, Mocímboa da Praia, foi alvo da violência há quatro anos. Recentemente, ela perdeu o pai e o tio em um ataque brutal em Chai, no distrito de Macomia.

“Estávamos abrigados na casa do irmão mais novo do meu pai em Chai”, relatou Maria. Quando os radicais atacaram a cidade em fevereiro, queimaram a casa da família, forçando Maria a fugir com sua filha. Durante a fuga, ela perdeu contato com seu pai e tio, apenas para descobrir mais tarde que foram amarrados e fuzilados.

A violência na província de Cabo Delgado escalou desde fevereiro, quando o Estado Islâmico atacou forças de segurança, resultando na morte de soldados e no deslocamento de milhares de pessoas. Escolas foram fechadas, afetando a educação de dezenas de milhares de crianças, enquanto relatos de sequestros, decapitações e destruição de propriedades se multiplicam.

De acordo com Portas Abertas, o aumento da violência também levou a uma onda de deslocamento interno, com mais de 70 mil pessoas fugindo de suas casas, incluindo 35.500 crianças e 14.500 mulheres. O grupo extremista Ahlu-Sunnah wal Jama’ah, aliado ao Estado Islâmico desde 2019, tem sido o principal responsável por esses ataques.

A situação humanitária em Moçambique é crítica, com mais de 650 mil pessoas deslocadas e pelo menos dois milhões necessitando de ajuda imediata. Diante desse cenário, uma campanha de oração pelo Domingo da Igreja Perseguida 2024 foi lançada para apoiar os cristãos deslocados internos em Moçambique.

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