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Fé cristã de condenado a morte é questionada pela Suprema Corte, nos EUA

Após adiamento de execução, detento tem sua sinceridade com relação a sua fé cristã questionada.

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Fachada da Suprema Corte dos EUA
Fachada da Suprema Corte dos EUA (Foto: Reprodução/Supreme Court)

Um detento que teve sua execução adiada pela Suprema Corte por não permitirem que seu pastor, Dana Moore, faça uma oração enquanto ele recebe uma injeção letal, teve sua fé questionada por juízes e advogados da Suprema Corte dos Estados Unidos.

A execução de John Henry Ramirez, de 37 anos, pelo assassinato do funcionário de loja de conveniência Pablo Castro, de 46 anos, foi adiada pela Suprema Corte em 8 de Setembro até depois de uma audiência da procedência de seu caso que foi realizada na terça-feira.

De acordo com The Christian Post, o pastor Dana Moore, da Segunda Igreja Batista em Corpus Christi, tem sido o conselheiro espiritual de Ramirez nos últimos quatro anos. O juiz Clarence Thomas e vários de seus colegas questionaram durante a audiência sobre a sinceridade da fé de Ramirez e se ele está simplesmente usando litígios para atrasar sua execução.

“Se pensarmos que o Sr. Ramirez mudou seu pedido várias vezes e apresentou queixas de última hora e se assumirmos que isso é alguma indicação de jogo com o sistema, o que devemos fazer com isso no que diz respeito à avaliação da sinceridade de suas crenças?”, perguntou o Juiz.

O crime aconteceu em 2004, onde Ramirez esfaqueou Castro 29 vezes durante um assalto e fugiu para o México sendo preso apenas três anos e meio depois e sentenciado à morte, e desde então seu advogado, Seth Kretzer diz que ele é agora um cristão praticante.

“Eu acho que você está certo que no contexto RLUIPA pode haver incentivos particularizados para alguém falsamente reivindicar uma crença religiosa e algumas dessas preocupações são manifestas aqui e precisariam ser desenvolvidas um pouco mais”, observou Eric Feigin, procurador-geral adjunto dos EUA, ao Juiz Thomas.

Kretzer argumentou que o Departamento de Justiça Criminal do Texas estava violando seu direito à Primeira Emenda de praticar sua religião, ao impedir Moore de fazer orações vocais com imposição de mãos enquanto ele recebe sua injeção letal.

“É hostil à religião, negar o exercício religioso no momento exato em que é mais necessário: quando alguém está em transição desta vida para a próxima”, disse Kretzer em documentos judiciais.

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