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Fundador da Primeira Igreja Luciferiana revela seu objetivo

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A Primeira Igreja Luciferiana do Brasil, inaugurada recentemente em Itatiaia, no interior do estado do Rio de Janeiro, realizou sua primeira cerimônia de casamento no fim de março. O evento foi conduzido por Jonathan de Oliveira Ribeiro, conhecido como Mestre Jonan, fundador da igreja, e por sua esposa, Lídia Almeida, que atua como sacerdotisa da congregação.

Ribeiro diz que Lúcifer não é o diabo, e a adoração a ele não tem relação com o satanismo tradicional: “O satanismo existe como forma de protesto. É algo muito mais arquetípico e social. O que vivemos aqui é espiritualidade”, explicou o sacerdote.

A cerimônia, amplamente divulgada nas redes sociais, chamou atenção pelo cenário fora do convencional. O noivo chegou montado em um cavalo, enquanto a noiva foi transportada em uma liteira vermelha. O altar, decorado com flores e elementos simbólicos nas cores vermelha e preta, compunha o ambiente ritualístico.

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Durante o rito, o casal realizou votos de amor, respeito e equilíbrio, acompanhados por danças, pétalas lançadas sobre os noivos e cânticos dedicados à entidade Astaroth, figura cultuada pela comunidade luciferiana como representação do amor e do sagrado feminino. Segundo os praticantes, essa divindade simboliza atributos espirituais ligados à afetividade e à autonomia.

O templo, construído com elementos neogóticos, tem paredes pintadas de preto, detalhes em vermelho e cruzes invertidas em sua arquitetura. À entrada, um bode chamado Zebu recebe os visitantes. Localizada às margens da rodovia Via Dutra, a igreja tem acumulado milhões de visualizações nas plataformas digitais.

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Ao comentar a doutrina, Ribeiro esclareceu que o luciferianismo não se relaciona com o satanismo. Em suas palavras: “Acreditar no diabo é transferir a culpa dos próprios erros”. Para ele, Lúcifer é símbolo de luz, sabedoria e da busca por conhecimento – conceitos presentes em algumas correntes esotéricas que adotam uma visão simbólica e filosófica do personagem.

Antes de se tornar sede da igreja, o local abrigava um terreiro de quimbanda, onde eram realizados rituais com sacrifícios de animais, prática permitida por lei desde que sem maus-tratos. Parte dos animais sacrificados era destinada à alimentação da comunidade local, de acordo com os organizadores.

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Segundo informações da Folha de S.Paulo, o templo aguarda a emissão de alvará para começar a receber os primeiros fiéis de forma oficial. A liderança da igreja declarou estar ciente de possíveis resistências por parte do poder público, como ocorreu em outros estados, e informou que tem se empenhado para cumprir todas as exigências legais.

Embora o tema desperte polêmicas em diversos segmentos da sociedade, o relato da inauguração da igreja e da cerimônia de casamento destaca o uso da liberdade religiosa, assegurada pelo artigo 5º, inciso VI da Constituição Federal do Brasil, que garante o livre exercício dos cultos religiosos e a proteção aos seus locais de culto.

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