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devocional

Garantias do Cristo ressuscitado

O Cristo ressuscitado é estruturante na fé cristã.

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Jesus ressuscitado em "A Paixão de Cristo" (Reprodução)

Cristo ressuscitou e venceu a morte, glorificando a vida como dom de Deus. E agora vai, surpreendentemente, para a Galileia.

Porquê? Para mostrar que o centro de adoração já não era Jerusalém e o Templo, mas que Deus buscava agora adoradores em qualquer lugar.

Mesmo na Galileia dos gentios (como Isaías lhe chamou) donde nunca saíra nenhum profeta: “Responderam eles, e disseram-lhe: És tu também da Galileia? Examina, e verás que da Galileia nenhum profeta surgiu” (João 7:52).

Mas o que nos diz o Cristo ressuscitado?

O Cristo ressuscitado diz-nos que a morte não é o fim:

“Sabendo que, tendo sido Cristo ressuscitado dentre os mortos, já não morre; a morte não mais tem domínio sobre ele” (Romanos 6:9). Pouco se fala disso, mas a ressurreição de Cristo trouxe vida a muitos outros que morreram na fé: “E abriram-se os sepulcros, e muitos corpos de santos que dormiam foram ressuscitados” (Mateus 27:52).

O Cristo ressuscitado diz-nos que tem poder sobre a morte porque é o Senhor da vida:

“O ladrão não vem senão a roubar, a matar, e a destruir; eu vim para que tenham vida, e a tenham com abundância (João 10:10).

E só pode gerar vida quem a tem:

  1. Não uma vida qualquer, mas vida com sentido (propósito) e substância (conteúdo).
  2. Ganhar muito dinheiro ou adquirir bens materiais desnecessários não é um propósito de vida que satisfaça as necessidades da alma.
  3. Tal como viver para as adições: drogas, álcool, etc.
  4. Ou o objectivo de ser famoso, de ter um corpo perfeito ou ser eternamente jovem.
  5. A vida com sentido é aquela em que servimos Deus na pessoa dos outros (tal e qual como Jesus fez). Você vive para quem?

O Cristo ressuscitado traz-nos a Revelação mais acabada de Deus:

“E, descendo eles do monte, Jesus lhes ordenou, dizendo: A ninguém conteis a visão, até que o Filho do homem seja ressuscitado dentre os mortos” (Mateus 17:9).

O Cristo ressuscitado diz-nos que o poder de Deus é maior do que qualquer outro poder, mesmo o poder da morte. Deus é Omnipotente. “Quem é este Rei da Glória? O Senhor forte e poderoso” (Salmo 24:8).

“Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está sobre os seus ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz” (Isaías 9:6).

O Cristo ressuscitado diz-nos que tem urgência pelos menos relevantes na sociedade:

“E Jesus, tendo ressuscitado na manhã do primeiro dia da semana, apareceu primeiramente a Maria Madalena, da qual tinha expulsado sete demónios” (Marcos 16:9).

Na sociedade judaica, patriarcal, o Jesus ressurrecto aparece primeiro a uma mulher… Ora, isso era inconcebível para os padrões culturais, sociais e religiosos da época.

O Cristo ressuscitado diz-nos que o melhor está por vir.

Foi depois da ressurreição que surgiu o Dia de Pentecostes, a descida do Espírito Santo, a expansão do Evangelho às nações e a universalização da Igreja:

“Melhor é o fim das coisas do que o princípio delas; melhor é o paciente de espírito do que o altivo de espírito” (Eclesiastes 7:8);

“Mas, como está escrito: As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, e não subiram ao coração do homem, são as que Deus preparou para os que o amam” (1 Coríntios 2:9).

“Mas de vós, ó amados, esperamos coisas melhores, e coisas que acompanham a salvação, ainda que assim falamos” (Hebreus 6:9).

O Cristo ressuscitado diz-nos que o nosso destino é eterno.

“Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida” (Apocalipse 2:10).

A “coroa” do vencedor (jogos gregos) é a vida eterna na presença de Deus.

O Cristo ressuscitado é estruturante na fé cristã. Cristo ressuscitou e venceu a morte, glorificando a vida como dom de Deus.

Chega de imaginar apenas o “varão de dores”. Olhemos o Cristo glorificado.

Nasceu em Lisboa (1954), é casado, tem dois filhos e um neto. Doutorado em Psicologia, Especialista em Ética e em Ciência das Religiões, é director do Mestrado em Ciência das Religiões na Universidade Lusófona, em Lisboa, coordenador do Instituto de Cristianismo Contemporâneo e investigador.

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