vida cristã
Hernandes Dias Lopes: casamentos podem ser restaurados após divórcio

Casamentos terminam. Embora a expectativa no altar seja sempre de permanência, a realidade do divórcio é presente no cotidiano de muitas famílias cristãs. As causas são diversas — infidelidades, feridas não tratadas, distanciamento emocional, violência. Diante desse cenário, a possibilidade de recomeçar com a mesma pessoa levanta dúvidas legítimas e, muitas vezes, dolorosas.
Ainda que à primeira vista pareça improvável, alguns reencontros conjugais após o divórcio têm sido marcados por arrependimento, perdão e reconstrução. O pastor presbiteriano Hernandes Dias Lopes, um dos maiores nomes da teologia no Brasil, afirma que “nem todo casamento ferido precisa acabar” e destaca que “o perdão é melhor do que o divórcio”.
Quando o fim não precisa ser definitivo
Em entrevista recente, Hernandes reconheceu que o divórcio é uma realidade prevista nas Escrituras. Ele cita as palavras de Jesus em Mateus 19:9, que mencionam a infidelidade como uma das causas legítimas para a separação, e também a orientação de Paulo em 1 Coríntios 7:15, que trata do abandono do lar por parte de um cônjuge incrédulo. No entanto, ele ressalta que “existe um caminho mais excelente”.
Segundo o pastor, a restauração de um casamento desfeito é possível quando há arrependimento genuíno, confissão de pecados e o desejo mútuo de reconstruir a confiança e a intimidade. “A reconciliação só pode acontecer quando há confissão de pecados, arrependimento sincero e disposição real de reconstruir a confiança e a intimidade”, afirmou.
Essa restauração, contudo, exige mais do que emoção. Exige compromisso e discernimento. “A reconciliação não deve ser romantizada. Ela é possível, mas não é mágica. Exige arrependimento, mudança de atitude e ajuda do alto”, alertou o pastor.
Feridas profundas, histórias possíveis
Embora não existam estatísticas oficiais consolidadas no Brasil sobre ex-casais que voltam a se casar entre si, relatos desse tipo são frequentes em atendimentos pastorais e terapêuticos. São histórias marcadas por dor, mas também por fé e transformação.
Para Hernandes, esse processo de recomeço passa por uma renovação espiritual: “A reconciliação começa com o desejo de restauração e se consolida com a prática de novos hábitos, com uma nova mentalidade e, acima de tudo, com um novo coração”.
Em casos de traição, o rompimento costuma parecer definitivo. Ainda assim, o pastor cita situações em que o perdão foi concedido não por obrigação, mas por convicção espiritual. “O perdão não é uma emoção, é uma decisão. Não é o fim da dor, mas o começo da cura”, declarou.
A função terapêutica da igreja
O papel da comunidade cristã, segundo o pastor, é fundamental no acolhimento e orientação dos que enfrentam crises conjugais. “A igreja precisa ser uma comunidade terapêutica, que acolhe os feridos, acompanha os que estão em crise e encoraja os recomeços possíveis”, destacou, de acordo com a revista Comunhão.
Na prática, isso inclui escuta pastoral, discipulado responsável e, quando necessário, a indicação de apoio profissional. Hernandes ressalta que cada caso exige sabedoria. Para alguns, o recomeço será conjugal; para outros, será a reconstrução da vida individual após a separação.
O pastor também deixou claro que a reconciliação não deve ser imposta: “Não se trata de pressionar casais a voltarem, mas de abrir espaço para que isso aconteça com responsabilidade e liberdade, se for o caso”.
A reconciliação após o divórcio, quando ocorre, não significa simplesmente restaurar o que existia, mas construir algo novo, segundo Hernandes: “A verdadeira reconciliação aponta para algo novo, não apenas para a recuperação de um status. É um casamento refeito, não apenas restaurado. Um relacionamento que reconhece os erros do passado, mas escolhe caminhar de forma diferente no presente”.

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