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igreja perseguida

Igreja controlada pelo Partido Comunista da China promove visão socialista

A Igreja Sicheng é uma das igrejas cristãs mais antigas em Hangzhou.

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Igreja de Sicheng celebra a contagem regressiva para os Jogos Asiáticos (Foto: Reprodução/Church Sicheng)

A Igreja Sicheng, uma igreja oficialmente registrada em Hangzhou, na província de Zhejiang, realizou um evento comemorativo marcando a contagem regressiva de 100 dias para os Jogos Asiáticos. No entanto, surpreendentemente, todo o conteúdo do evento não tinha relação com o cristianismo. Como resultado, o pastor Chen Fengsheng, um pastor evangélico da igreja, apresentou sua renúncia recentemente.

A Igreja Sicheng, que tem se alinhado cada vez mais com a agenda política oficial do Partido Comunista Chinês (PCC), decidiu celebrar a contagem regressiva para os Jogos Asiáticos de uma maneira que não refletia a fé cristã. O evento contou com atividades culturais, apresentações de dança e música tradicional chinesa, mas nenhum conteúdo relacionado à fé cristã foi incluído.

A igreja divulgou uma declaração oficial justificando o evento: “Como uma igreja localizada na comunidade Xiaoying Alley de Hangzhou, estamos honrados em poder contribuir para os próximos Jogos Asiáticos”.

A Igreja Sicheng é uma das igrejas cristãs mais antigas em Hangzhou, com uma história de quase um século. Originou-se do trabalho missionário de um casal americano no século XIX e foi estabelecida por um pastor chinês em 1868. Durante a Revolução Cultural, a igreja foi fechada e usada como depósito. Após a implementação de políticas religiosas em 1981, a igreja foi reaberta.

Sob pressão do PCCh, a igreja oficial tem buscado se adequar à política de sinicização. No ano passado, realizaram uma sessão especial para implementar o espírito do 19º Congresso Nacional do PCCh. O pastor Huang Mingke, em seu discurso, enfatizou a necessidade de sinicizar o cristianismo e adaptá-lo à sociedade socialista chinesa.

De acordo com China Aid, pressões políticas têm sido um desafio para os pastores evangélicos, que lutam para manter sua fé e ao mesmo tempo cooperar com o regime. Chen Fengsheng, após sete anos de serviço na Igreja Sicheng, renunciou recentemente, sem fornecer uma explicação oficial. Sua renúncia é vista como resultado do estreitamento do espaço para sua fé e das constantes pressões políticas.

A situação atual revela a dificuldade enfrentada pelas igrejas oficiais na China, que são alvo da chamada “sinicização da religião” e pressionadas a se adaptarem às demandas do regime. Eventos como o realizado pela Igreja Sicheng são apenas exemplos da associação patriótica imposta às igrejas registradas no país.

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