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igreja perseguida

Irã diz a ONU que não persegue cristãos e que evangélicos são “grupos inimigos”

Regime islâmico negou promover perseguição religiosa.

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Ali Khamenei
Ditador iraniano Ali Khamenei (Foto: Reprodução/YouTube)

Em resposta a uma investigação formal da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre a perseguição sofrida por cristãos no Irã, o regime islâmico negou as acusações e classificou as igrejas domésticas como “grupos inimigos”. A ONU expressou preocupação com os inúmeros relatos de perseguição.

Especialistas em direito da organização haviam encaminhado uma carta, em 11 de novembro, onde pediam explicações sobre a “contínua perseguição sistemática” sofrida por cristãos no país, através do que chamou de “práticas discriminatórias e violações de seus direitos humanos”.

De acordo com o Article 18, a carta enviada contou a assinatura de especialistas, como o diplomata Ahmed Shaheed e o professor de direito islâmico Javaid Rehman, os dois são relatores especiais das Nações Unidas para os Direitos Humanos no Irã.

A carta denuncia o fato de haver 24 cristãos iranianos presos ou aguardando intimação por causa de sua fé, expressando preocupação com a “repressão generalizada e perseguição de pessoas que pertencem à minoria cristã no Irã, e em particular aqueles que se converteram do Islã”.

O Irá só respondeu as acusações em uma carta emitida em 12 de janeiro, dois dias após o prazo estabelecido para resposta. A carta foi emitida pelo Alto Conselho de Direitos Humanos da República Islâmica do Irã, negando as acusações e afirmando que o país promove “todas as liberdades e direitos civis, conforme estipulado na Constituição”.

Surpreendentemente, o regime totalitário ainda alegou que “ninguém é processado por motivos religiosos” no país, afirmando que as ações legais contra membros de igrejas privadas (igrejas domésticas) acontecem em “caso de atividade ilegal que ameaçam a segurança do culto cristão sionista”.

O regime islâmico ainda aponta os cristãos evangélicos como “grupos inimigos”, citando casos de cidadãos presos ou que aguardam intimação. A carta diz que os 24 cristãos mencionados estavam “se comunicando com o sionismo evangélico”.

Além disso, o Irã classifica como “cultos e reuniões ilegais e secretas para enganar os cidadãos e explorar as pessoas enganadas, especialmente as crianças” as reuniões domésticas promovidas por evangélicos e nega a prisão arbitrária e tortura de cristãos.

“O que aconteceu foi uma fiscalização limitada, instruída pelas autoridades judiciárias, no pleno respeito dos limites religiosos e legais, para efeitos de recolha de informações e instrumentos de infração”, disse.

A ONU aponta que os fatos alegados na carta constituem “graves violações do Direito Internacional Dos Direitos Humanos”, incluindo o Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos.

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