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Irã já executou mais de 300 pessoas em 2023

Anistia Internacional alerta que República Islâmica executa mais pessoas a cada ano do que qualquer outra nação, exceto a China.

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Iranianas fazem manifestações contra o regime (Foto: Reprodução/Flickr)

Irã está sendo acusado de intensificar execuções para espalhar medo na população, enquanto a liderança tenta reprimir o movimento de protesto que eclodiu em setembro. Sete homens foram enforcados em casos relacionados aos protestos, mas ativistas afirmam que as execuções aumentaram em casos menos conhecidos, principalmente envolvendo condenações por drogas e assassinatos.

Nesse sentido, o diretor da organização de Direitos Humanos do Irã, com sede na Noruega (IHR), Mahmood Amiry-Moghaddam, apontou que se a comunidade internacional não reagir de forma mais enérgica à atual onda de execuções, centenas de pessoas serão vítimas dessa máquina de matar nos próximos meses.

“O objetivo da intensificação das execuções arbitrárias da República Islâmica é espalhar o medo na sociedade para evitar protestos e prolongar seu domínio”, disse Amiry-Moghaddam.

Além disso, um relatório da organização revela que 59% dos enforcados este ano, 180 pessoas, foram executados por acusações relacionadas a drogas. Mais de 20% dos executados em maio, 30 pessoas, eram da minoria balúchi, em sua maioria sunita, concentrada no sudeste do país.

De acordo com The Times of Israel, os protestos, desencadeados pela morte de Mahsa Amini, que foi presa por supostamente desrespeitar as regras de vestimenta para mulheres no Irã, diminuíram um pouco nos últimos meses, mas ainda continuam esporadicamente.

Por fim, no início de maio, o Irã enforcou mais três homens em casos relacionados aos protestos, gerando condenação internacional, e a Anistia Internacional alertou que pelo menos mais sete correm o risco de serem executados. Segundo a Anistia, a República Islâmica executa mais pessoas a cada ano do que qualquer outra nação, exceto a China.

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