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Irã retoma operações em usina nuclear supostamente atacada por Israel
Retomada de produção em usinas nucleares iranianas implica na restauração do acordo com Estados Unidos.
De acordo com diplomatas anônimos, o Irã retomou em agosto a produção de equipamentos para centrífugas avançadas em Caraje, um local nuclear supostamente alvo de Israel no início deste ano, e desde então tem acelerado as operações, produzindo um número desconhecido de rotores e foles para centrífugas avançadas.
Um dos diplomatas anônimos relatou que o Irã produziu peças para pelo menos 170 centrífugas desde o final de agosto.
A monitoria nuclear das Nações Unidas está sem acesso a Caraje há meses e, embora digam não existam evidências até agora, diplomatas ocidentais temem que as operações renovadas no local permitam a Teerã desenvolver um programa nuclear secreto.
Segundo as fontes, não existe indicação de que as centrífugas tenham sido desviadas para outro lugar, porém à medida que o número de centrífugas não monitoradas aumenta, a probabilidade para este cenário aumenta.
O governo Biden, que renovará no final deste mês as negociações sobre o acordo nuclear extinto, com o Irã em Viena, que Teerã assinou com potências mundiais em 2015, enfrenta uma nova complicação com o relato do retorno das atividades em Caraje.
Segundo a CBN News, desde a retirada dos EUA, o Irã abandonou a maior parte de seus compromissos no acordo e restringiu a supervisão da ONU em muitas de suas instalações nucleares, incluindo Caraje.
Desde 2018, o Irã instalou mais de 1.000 centrífugas avançadas que deverão ser uma questão fundamental nas negociações nucleares que começam em 29 de novembro, onde o presidente Biden espera restaurar o acordo.