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Líderes cristãos processam a Escócia por “criminalizar” adoração

Escócia considera crime a realização de cultos presenciais e batismos.

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Catedral de Santo Egídio, na Escócia
Catedral de Santo Egídio, na Escócia (Foto: Andrew Gray/Wikipedia)

Líderes cristãos de diversas igrejas na Escócia, nação que faz parte do Reino Unido, iniciaram um processo judicial sem precedentes contra o governo, acusado de tentar “criminalizar o culto público” sob desculpa de buscar impedir o avanço da pandemia de covid-19.

De acordo com a Christian Concern, 27 líderes de diferentes denominações, como a Igreja da Escócia, ingressaram com o processo judicial questionando as ordens. O processo está sendo apoiado pela Christian Legal Center, organização que oferece apoio jurídico aos cristãos no Reino Unido.

Os líderes questionam as restrições impostas em 8 de janeiro pela primeira-ministra Nicola Sturgeon, que caracteriza como crime grave a realização de cultos de adoração presencial, assim como celebrações como batismos ou eventos.

Em resposta, os líderes notificaram o governo que as proibições são ilegais e violam a Convenção Europeia dos Direitos Humanos e a Constituição da Escócia. Uma carta enviada ao governo em 15 de janeiro enfatiza também que os religiosos reconhecem a seriedade da pandemia.

No documento, os líderes falam que as decisões do governo são difíceis, mas acreditam que houve falha “em perceber que o fechamento dos locais de culto é uma medida desproporcional e que tem sérias implicações para a liberdade religiosa”.

A reclamação apresentada pelos líderes foram rejeitadas pelos ministros do governo, que declararam que o Estado “pode regular as atividades seculares das igrejas com propósito de proteger a saúde pública”, enfatizando que as igrejas são obrigadas a “cumprir a lei secular”.

O Christian Legal Center aponta conflito na declaração dos ministros com a Constituição da Escócia, já que a laicidade do Estado garante autonomia da igreja em relação aos seus cultos e assuntos importantes.

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