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O que é mais importante? O semeador ou a semente do evangelho?

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Naquele mesmo dia Jesus saiu de casa e assentou-se à beira-mar. Reuniu-se ao seu redor uma multidão tão grande que ele teve que entrar num barco e assentar-se nele, enquanto todo o povo ficou na praia. Então lhes falou muitas coisas por parábolas, dizendo: “O semeador saiu a semear. Enquanto lançava a semente, parte dela caiu à beira do caminho, e as aves vieram e a comeram.
Parte dela caiu em terreno pedregoso, onde não havia muita terra; e logo brotou, porque a terra não era profunda. Mas quando saiu o sol, as plantas se queimaram e secaram, porque não tinham raiz.
Outra parte caiu entre espinhos, que cresceram e sufocaram as plantas. Outra ainda caiu em boa terra, deu boa colheita, a cem, sessenta e trinta por um. Aquele que tem ouvidos para ouvir, ouça! ” (Mt 13.1-9)

Como é maravilhosa a pedagogia de Jesus. Consigo me transportar aos idos dois mil anos atrás e vê-lo às margens do Mar da Galiléia e carinhosamente ensinando a toda aquela multidão carente, moribunda, esquecida e discriminadas pelos religiosos da época.

Cristo não pregava uma mensagem complicada, obscura ou enigmática, não senhores, Ele fazia questão de ser bem compreendido e que sua prédica fosse recebida por qualquer pessoa, desde a mais culta quanto a mais humilde.

Particularmente, esta parábola do semeador, é uma das únicas que se repetem em outros evangelhos. É curiosamente também uma das poucas que Jesus fez questão de interpretar.

O Filho de Deus inicia a parábola de uma forma simples: “- O semeador saiu a semear”. Não sabemos o seu nome, sua origem, não conhecemos usa história de vida, muito menos seu nível cultural ou financeiro. Nenhuma pista é dada também com referência à sua aparência, seus trajes nem mesmo sua capacidade intelectual.

Em outras palavras o menos importante da parábola é a figura do semeador, poderia ser qualquer um. A bem da verdade não existe em lugar algum da Bíblia um só versículo ou uma só menção de que Deus “precisasse” do ser humano para fazer a sua obra, Ele “conta” conosco; a única vez que Jesus precisou de algo foi no final de Seu ministério terreno, e não foi de um ser humano, foi de um jumentinho: (Lc 19. 30-31)

“Vão ao povoado que está adiante e, ao entrarem, encontrarão um jumentinho amarrado, no qual ninguém jamais montou. Desamarrem-no e tragam-no aqui.

Se alguém lhes perguntar: ‘Por que o estão desamarrando? ’ digam-lhe: ‘O Senhor precisa dele’ “.

Se eu não quiser fazer, ou, negligenciar o Seu Santo chamado, Ele levantará outro, simples assim.

Jesus queria que todos entendessem que a “semente” do Evangelho deveria ser lançada sem se levar em conta o tipo de terreno semeado. O clímax de toda a Bíblia está na combinação do terreno e a semente. Quanto mais ela for semeada no coração humano maior será a colheita. A identidade de quem lança a semente não tem importância alguma. Quando nos colocamos à disposição do Reino somos abençoados por corresponder ao chamado do Senhor, mas no final de toda a semeadura e colheita não passamos de um mero instrumento divino no processo. Paulo, o apóstolo, compreendia também assim a respeito: (1 Coríntios 3:6-7).

“Eu plantei, Apolo regou; mas o crescimento veio de Deus. De modo que nem o que planta é alguma cousa, nem o que rega, mas Deus que dá o crescimento”

       Infelizmente, hoje em dia, o semeador se tornou  a principal figura no processo da propagação do Evangelho, ele é o foco, a atração principal, não importa a que preço devemos trazer a “estrela” para “enchermos” o templo. Pobres enganados! Quanto à semente… quase esquecida. De Jesus? Muitos nem O mencionam mais.

É só consultar os Blogs, Sites, Posteres e os longos “rosários” introdutórios de um grande número de oradores. Fazem questão de verbalizar suas capacidades, status sociais, níveis acadêmicos, etc, como se isso fosse dar credibilidade ao Evangelho, são os “impressionáveis”. Alguns destes surtados, quando líderes de ministérios,  afixam grandes fotografias suas na fachada da igreja fazendo uma demonstração pública de sua “egolatria”.

O resultado de se semear egolatria ao invés da Semente do Evangelho é a exaltação da carne. Não é por acaso que presenciamos em muitos arraiais tantas aberrações cultuais tais como: Danças eróticas, Pole Dance Gospel, MMA antes de iniciar o culto, capoeira dentro da igreja, cultos que se confundem com baladas ou festival de Heavy Metal (Rock da pesada).

Onde a verdadeira Semente do Evangelho é anunciada, semeada e regada com toda a certeza florecerão: salvação, regeneração, perdão, libertação, santificação, fé e proximidade do Senhor, o que for diferente disso é erva daninha.

Quanto aos semeadores “impressionáveis”…..

Oremos a Deus para que um dia se salvem.

Que o Senhor nos guarde.

Graduado em Teologia. Pós-graduado em Teologia Bíblica. Mestre em Sociologia da Religião. Doutorando em Teologia.

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