igreja perseguida
Marido denuncia cristã por ela ensinar crianças em igreja na China
Mulher foi detida por 10 dias depois de ser acusada pelo marido.
A cristã Liu Cui, membro da Igreja Cristã Lishi, enfrentou uma situação delicada após ser denunciada por seu próprio marido por ministrar aulas particulares a seis crianças. Isso resultou em sua detenção administrativa por um período de 10 dias.
No dia 11 de outubro, Liu Cui, entre 9h30 e 14h, ministrou aulas particulares a um grupo de seis crianças, com idades entre 10 e 15 anos, todas elas pertencentes a quatro famílias e fazendo parte de um coletivo educacional associado à Academia da Igreja Lishi.
É importante notar que a opção de Liu Cui por compartilhar sua fé e conhecimento com essas crianças não foi bem recebida por seu marido, que tem visões conflitantes em relação às crenças de sua esposa. Ele relatou as atividades dela às autoridades, incluindo o Departamento de Educação, o Departamento de Religião e o Departamento de Segurança Pública. As autoridades, então, invadiram as instalações da academia da igreja e confiscaram materiais educacionais, incluindo Bíblias, livros de Salmos e comentários bíblicos. Não é possível determinar se todos os pais estavam presentes durante a ação, mas aqueles que estavam tiveram seus dados registrados pelas autoridades.
Liu Cui foi detida administrativamente por 10 dias, uma medida que reflete a intensificação da perseguição à educação cristã na China nos últimos anos. Escolas, academias e instituições de ensino que promovem princípios cristãos continuam a ser alvo de invasões e proibições em todo o país, independentemente de estarem localizadas em grandes centros urbanos ou em áreas rurais. Aqueles que desafiam essas restrições podem enfrentar detenções, enquanto alguns pais até perderam a custódia legal de seus filhos.
De acordo com o China Aid, a repressão à educação cristã é uma extensão dos esforços do governo chinês para impor seu controle ideológico, em especial por meio da doutrinação ideológica das crianças. A Lei do Ensino Obrigatório e a Lei sobre a Proteção de Menores, introduzidas pelo Partido Comunista Chinês, visam obrigar os pais a matricular seus filhos em escolas públicas, limitando a capacidade de oferecer uma educação cristã.
Apesar das crescentes pressões e perseguições, muitos cristãos chineses optam por educar seus filhos em escolas cristãs e até mesmo em casa, mantendo suas convicções religiosas. Estima-se que cerca de 50 mil famílias na China estejam envolvidas na educação domiciliar, a maioria delas sendo cristãs. No entanto, essa decisão as coloca sob intensa pressão política e social, resultando em exclusão dos benefícios sociais e, em alguns casos, perseguição legal.
Esses cristãos continuam a enfrentar desafios significativos ao buscar praticar sua fé e oferecer educação de acordo com suas crenças. Seu compromisso em suportar essas adversidades é inspirado em sua fé, relembrando-nos das palavras de Jesus em Mateus 5:10: “Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça, pois deles é o Reino dos Céus”.