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igreja perseguida

MP vai investigar encontros bíblicos em intervalos das escolas de Pernambuco

O MP abriu um Procedimento Administrativo para avaliar a prática dos chamados “intervalos bíblicos”.

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Escolas de Pernambuco (Foto: Kleyvson Santos/Secretaria de Educação de Pernambuco)

Os encontros de alunos para orar e estudar a Bíblia durante o intervalo em escolas estaduais de Pernambuco estão sendo investigados pelo Ministério Público (MP), após denúncias feitas pelo Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Pernambuco (Sintepe). O MP abriu um Procedimento Administrativo para avaliar a prática dos chamados “intervalos bíblicos”.

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Segundo o Sintepe, esses encontros evangélicos estariam ocorrendo sem a participação de outras religiões e sem supervisão adequada, o que, na visão do sindicato, compromete a laicidade do ambiente escolar. Cíntia Virgínia Sales, vice-presidente do Sintepe, afirmou que os estudantes estão se reunindo para orar e ler a Bíblia durante o intervalo, sem a orientação de servidores.

A Secretaria de Educação e Esportes de Pernambuco (SEE-PE) informou que não apoia a realização desses encontros religiosos e, quando toma conhecimento da prática, instrui as escolas a interrompê-los. De acordo com Eduardo de Santana Romão Andrade, gerente-geral dos Anos Finais do Ensino Fundamental, o espaço público das escolas não pode ser utilizado para fins religiosos, e orientações pedagógicas são fornecidas aos gestores sobre o ensino de religião.

Por outro lado, o deputado estadual Renato Antunes (PL) criticou a investigação do MP, defendendo o direito dos alunos de se reunirem para orações e leitura bíblica voluntariamente. Antunes argumentou que o Estado laico não deve interferir ou combater a expressão religiosa dos estudantes e ressaltou o impacto positivo desses encontros na saúde mental dos jovens. Ele destacou que alunos que sofrem de ansiedade e depressão encontram consolo nesses momentos de fé.

O deputado também criticou o foco do sindicato, sugerindo que as preocupações deveriam estar voltadas para questões como a qualidade do ensino e a segurança nas escolas. Ele informou que já solicitou uma audiência com o MP para discutir o direito dos estudantes de exercerem sua liberdade religiosa no ambiente escolar.

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