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opinião

No deserto do desemprego

Lembrando que, às vezes, quando uma porta se fecha diante de mim, é porque existe outra bem melhor me aguardando.

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Diz o apóstolo Paulo, na 2ª Carta aos Tessalonicenses (3:10): “Quando ainda estávamos com vocês, nós ordenamos isto: Se alguém não quiser trabalhar, também não coma”.

Mas o que diria o Apóstolo Paulo hoje, diante daquele que não trabalha porque não tem emprego? O que diria àquele que não tem a quem oferecer sua mão de obra?

Infelizmente essa situação tem sido cada vez mais frequente em nosso país. Os últimos números do IBGE, o instituto que produz as estatísticas oficiais do governo, revelam que no último mês de julho mais 662 mil pessoas se juntaram à legião que está em busca de trabalho.

Ao todo, hoje há 1,8 milhão de pessoas que passa os dias a bater de porta em porta em busca de uma nova chance para ganhar o pão. Eis a realidade nas seis principais regiões metropolitanas do país – Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre.

Paralelamente, devido ao aumento da inflação e a crise econômica, a renda média estimada para cada brasileiro também vem caindo.

O maior impacto disso quem sente é o jovem, que se vê obrigado a buscar emprego para ajudar na renda da família. Dentre esses, muitos jovens que haviam optado por se dedicar mais tempo aos estudos, para depois entrar no mercado de trabalho em condições de conquistar um salário melhor.

Convido vocês a pensar o que o Apóstolo Paulo, obstinado pela busca de seus objetivos, incansável mensageiro da Palavra de Jesus, diria a esses que batem de porta em porta, mas encontra todas elas fechadas.

Por certo não haveria de condená-los à fome, pois que o mundo dos homens já os tem castigado bastante ao lhe negar o emprego.

Paulo haveria, sim, de se colocar ao lado de cada um desses peregrinos que atravessa o deserto de desemprego.

A todos e a cada um deles Paulo lembraria, tantas vezes quanto necessário, que a fé é o esteio do homem na maior de todas as maiores necessidades que vive sobre a terra: a falta do pão que alimenta a família.

É da fé que se deve alimentar esse irmão para enfrentar as jornadas de busca. É da fé que surgirão as forças para perseverar no seu propósito. É na fé que virá a certeza de que sua porta vai se abrir pelas mãos de Deus. É com a fé que estará pronto a atravessar essa porta e seguir o novo caminho.

Lembremo-nos de que a fé é a prova da existência das coisas que não vemos.

Mas que não se entreguem à certeza sem busca, à certeza preguiçosa ou à resignação conformada. Não! O alerta do Apóstolo Paulo é pelo trabalho, pela fé na busca do trabalho mesmo quando as oportunidades rareiam.

Que descansem os perseverantes no Evangelho de Mateus (6:31-33): “Portanto, não vos inquieteis, dizendo: Que havemos de comer? Ou: Que havemos de beber? Ou: Com que nos havemos de vestir? (…) Porque vosso Pai celestial sabe que precisais de tudo isso. Mas buscai primeiro o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas”.

Jesus nos ensina a ser perseverantes. Pedi e recebereis,
buscai e achareis, batei e abrir- se-vos-á. Neste texto, Jesus nos mostra a importância da perseverança e da insistência. Não desanimar, acreditando que o eu procuro, já existe e está disponível em algum lugar. O que eu preciso é me conectar a esta fonte de providência.

Lembrando que, às vezes, quando uma porta se fecha diante de mim, é porque existe outra bem melhor me aguardando.

Físico, PHD em física Quântica pela Florida Christian University - FCU, especializado em ressonância eletromagnética nuclear, professor e bispo evangélico. Presidente e fundador da Comunidade Evangélica Sara Nossa Terra, Rede Gênesis de Televisão e rede Sara Brasil FM e também do Conselho de Bispos e Pastores do Brasil- Concepab.

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