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opinião

O Estado laico e o preconceito religioso

Excluir a fé do debate político é preconceito religioso.

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O Estado tem que ser laico. E o Estado laico jamais será ateu. Pois mesmo o ateísmo pode ser “religiosamente” fanático no combate a aquilo que representa o divino.

E, contrário do que defendem aqueles que desejam excluir os cristãos do debate político, laico quer dizer leigo ou isento de predileção religiosa. Que não beneficia uma em detrimento de outras.

Em países de regime islâmico, como o Irã, o Islã é beneficiado em detrimento de outras religiões, que são oprimidas e têm a liberdade de crença cerceada. Neste caso o Estado não é laico, mas sofre influência do líder supremo muçulmano, o aiatolá.

Existem também os países socialistas e comunistas, que não beneficiam nem uma, nem outra religião, mas pregam o ateísmo, excluindo completamente a liberdade de crença. Como no caso da Coreia do Norte.

São esses, aliás, os responsáveis pelos maiores genocídios contra cristãos. Estima-se que o socialismo ateu tenha matado algo em torno de 12 milhões de cristãos somente na extinta URSS, segundo o documentário “Martirizados na URSS”, que mostra as atrocidades dos regimes de Lênin, Stalin, Kruschev e outros.

Por isso, excluir a fé do campo político, sobre o argumento de que o Estado é laico, evidencia puro preconceito religioso. Busca esconder a verdadeira intenção por trás deste argumento: neutralizar o contraditório.

Quem pensa assim não presa pela democracia, mas defende regimes totalitários, como Venezuela, Cuba e Coreia do Norte. Querem ter o caminho livre para promover suas ideologias falaciosas.

O Estado laico é aquele que acolhe toda religião, permitindo acesso inclusive ao campo político, sem interferências ou restrições. Qualquer pessoa, religioso ou não, deve ter o direito de participar da política.

Afinal, a política – quando bem feita – pode servir como um instrumento para ajudar ao próximo. O contrário, teremos pessoas de caráter duvidoso e valores invertidos atuando contra o interesse das pessoas de bem.

Com a defesa de um Estado laico – ou seria ateu? – alguns militantes políticos atacam religiosos, ofendem pastores, padres, rabinos, qualquer que se oponham as bandeiras levantadas por eles.

Não passa de preconceito! Na verdade odeiam o fato de a Constituição permitir que os cristãos possam adentrar no cenário político e, assim, defender a cultura judaico-cristã, tão atacada nos últimos tempos.

São hostis a presença daqueles que Lênin declarou guerra. Ele disse claramente que “a guerra contra quaisquer cristão é […] lei inabalável”. Por isso tanto ataque, crítica e ameaça aos conservadores.

Concluo afirmando que não devemos nos intimidar. Não podemos nos conformar com este século. Precisamos continuar avançando na defesa dos valores e princípios que regem a sociedade.

Cristão, advogado, esposo, escritor, discípulo e Presidente da Assembleia de Deus em Madureira.

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