estudos bíblicos
O sistema de sacrifícios
Subsídio para a Escola Bíblica Dominical da Lição 10 do trimestre sobre “O Tabernáculo – Símbolos da Obra Redentora de Cristo”.
A Lição desta semana é talvez a mais desafiadora de todo o trimestre, devido a própria natureza complexa do sistema sacrificial dos hebreus. Como nos é impossível detalhar todos os variados tipos de ofertas ou sacrifícios ministrados pelos crentes da antiga aliança, abordaremos aqui aspectos gerais e essenciais dos sacrifícios mais comuns, alguns voluntários e outros obrigatórios para reparar a ofensa cometida contra Deus.
Baseando-nos especialmente no livro de Levítico, que era o antigo manual do culto israelita, traremos sucinta descrição sobre cada sacrifício/oferta e apontaremos as devidas aplicações tipológicas, que demonstram como Jesus Cristo, o Salvador, estava prefigurado naqueles sacrifícios. Não nos esqueçamos que mais do que exaustivas descrições sobre a liturgia do culto levítico, estamos interessados em compreender os símbolos da obra redentora de Cristo.
I. A oferta voluntária: o holocausto
1. Que oferta era esta? (Conf. Lv 1; 6.8-13; 8.18-21; 16.24)
Na Lição 4 já estudamos sobre o primeiro móvel do tabernáculo que era o altar de bronze, chamado de “altar do holocausto”. Naquela ocasião vimos que a palavra holocausto, de origem grega, significa totalmente queimado, e que a raiz hebraica da palavra (ôlâ) significa aquilo que sobe.
O holocausto, portanto, dizia respeito a oferta ou sacrifício (estes termos são muitas vezes usados como sinônimos) em que o animal era totalmente queimado, excetuando-se o sangue e o couro. O sangue era borrifado nas pontas do altar de bronze e também derramado na sua base; o couro era entregue aos sacerdotes e passava a pertencer-lhes. Tal sacrifício subia espiritualmente até Deus como um aroma agradável, e redundava em expiação de pecados para o ofertante.
O holocausto representava para o adorador da antiga aliança a devoção e entrega total a Deus, e, dado seu aspecto voluntário, aponta para a necessidade de todos os homens virem livremente buscar a reconciliação com Deus, não apenas quando sob ameaças da ira divina. Como dizia A.W. Tozer, “resolva diante de Deus que você não vai esperar que uma tragédia o conduza até ele. Tome a sua cruz voluntariamente”.
A pessoa que cometia um pecado involuntário (por fraqueza ou desatenção, mas não premeditadamente) deveria levar um animal sem defeito para o sacerdote no tabernáculo. O animal para o holocausto poderia ser um bode, carneiro, boi ou, no caso de ofertantes pobres, pombinhos. Todavia, o animal não podia ter defeitos.
2. Cristo tipificado no holocausto
O animal inocente e fisicamente perfeito apontava para Cristo, o Justo (1Jo 2.1,2). O ato de colocar a mão sobre a cabeça do animal, demonstrando ao mesmo tempo uma identificação com a oferta como também a substituição que ela representaria diante de Deus, aponta para Cristo, nosso substituto na cruz, que cumpriu perfeitamente as exigências de Deus e recebeu a sentença de condenação em nosso lugar.
Como a pele do animal ficava para o sacerdote, a fim de servir-lhe de vestimentas, assim também a justiça de Cristo revestiu-nos e nos livrou da nudez espiritual que era repugnante ao Senhor (Ap 3.18); assim como o holocausto era uma oferta voluntária, Cristo é o nosso sacrifício perfeito, que se entregou voluntariamente para pagar e apagar os nossos pecados (Mt 27.35-36; Ef 5.2; Hb 7.26; 9.14; 1Jo 2.6).
II. A oferta de manjares
1. Que oferta era esta? (Conf. Lv 2; 6.14-23)
A voluntária oferta (ou oblação) de manjares, também chamada de oferta de cereais ou oferta de vegetais, era um ato voluntário de adoração e reconhecimento da bondade e das provisões de Deus. A oferta de manjares acompanhava todas as ofertas de holocaustos. Três tipos de ofertas de manjares eram oferecidos: (1) flor de farinha com incenso e azeite; (2) bolos finos untados com azeite; (3) grãos de cereais tostados com azeite e incenso.
Nas ofertas de manjares era exigido o sal (que representa preservação), ao mesmo tempo em que se proibia o uso de fermento ou mel (Lv 2.11-13). O erudito pentecostal Abraão de Almeida sugere que a proibição do mel se dava por este ser um agente de fermentação, assim como o fermento propriamente [1]. E por que o fermento não era permitido na oferta de manjares? Há uma nota interessante na Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal:
Sendo um fungo bacteriano, o fermento constitui um símbolo apropriado para o pecado. Da mesma forma que o fermento leveda a massa do pão, o pecado se prolifera e corrompe a vida. Um pouco de fermento é bastante para afetar toda a massa, assim como o pecado pode destruir uma vida inteira. Jesus continuou esta analogia ao alertar sobre “o fermento dos fariseus e saduceus” (Mt 16.6; Mc 8.15). [2]
O teólogo Beckwith ressalta que os dízimos e as primícias eram, em parte, ofertas de vegetais, e as três festas mosaicas relacionadas à colheita anual dos feixes (cevada), Pentecoste ou festa das semanas (trigo) e das cabanas ou encerramento da colheita (o restante da colheita) estão centralizadas em ofertas de vegetais. [3]
2. Cristo tipificado na oferta de manjares
Abraão de Almeida disserta a favor de uma aplicação tipológica da oferta de manjares. Segundo este respeitável teólogo:
a) O incenso presente nas ofertas de manjares fala da vida perfeita de Jesus, vida de santidade diante do Pai, e por isso o Pai podia dizer: “Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo”. Além disso, destacamos que incenso foi um dos presentes que Jesus recebeu quando era ainda um menino na casa de Maria e José (Mt 2.11).
b) A ausência de fermento e mel apontam para Jesus como a verdade (Jo 14.6).
c) O azeite aponta para a unção do Espírito Santo na vida de Jesus desde a sua concepção no ventre de Maria e durante todo seu ministério (Mt 1.20,21; Lc 4.18,19).
III. A oferta pacífica, o sacrifício pelo pecado e o Dia da Expiação
1. O que era a oferta pacífica e como Cristo está tipificado
Assim como o holocausto e a oferta de manjares, a oferta de paz também era voluntária, e buscava expressar louvores e gratidão a Deus pela comunhão desfrutada com Ele. Conforme Levítico 3 e também 7.11-34, essa oferta envolvia animais sem defeitos e também uma variedade de bolos.
Nessa oferta, Deus permitia que o ofertante compartilhasse do alimento ofertado, isto é, se alimentasse dele. Tomar parte nos alimentos dos sacrifícios era quase sempre um privilégio da classe sacerdotal, mas nas ofertas de paz Deus é visto como um rei generoso que oferece um banquete não apenas aos seus príncipes, mas a todos os seus súditos, inclusive a plebe e os leigos. Beckwith discorre melhor sobre essa simbologia:
O tabernáculo e o templo representam a corte de um rei; na verdade, a mesma palavra hebraica (hêkâl) é usada tanto para templo quanto para o palácio. O altar do holocausto é a mesa do rei (Ml 1.7,12), e os sacrifícios normais ali são acompanhados de oferta de cereal e ofertas de bebidas (Êx 29.38-41; Nm 15.1-12) porque a mesa de um rei precisa não só carne, como também pão e vinho. O sacrifícios são descritos como pão e alimento de Deus (Lv 3.11; 21.6,8…), que seus servos, os sacerdotes, podiam normalmente comer (Lv 21.22…), mas esse é um privilégio que no período da Páscoa e da oferta de comunhão Deus estendia generosamente a todos os seus súditos. [4]
No Novo Testamento, Cristo é a grande oferta de paz que o próprio Deus oferece pela reconciliação com o mundo. Nas palavras de Paulo, “Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados” (2Co 5.19). Jesus é o grande Príncipe da paz (Is 9.6), e por isso pode contundentemente dizer aos seus discípulos: “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá” (Jo 14.27). Além do mais, ainda que não literalmente, também nos banqueteamos com nosso Senhor, como os israelitas nas ofertas pacíficas: “Eis que estou à porta, e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo” (Ap 3.20).
O pecador, porém, que não recebe esta oferta da paz de Cristo em seu coração através da fé, ele é considerado inimigo de Deus (Tg 4.4), filho da ira (Ef 2.3; Jo 3.36), permanece em condenação (Jo 3.18) e a sentença contra ele é clara: “Não há paz para os ímpios, diz o meu Deus” (Is 57.21)
2. O que era o sacrifício pelo pecado e pela culpa e como Cristo está tipificado (Lv 4.1 – 6.7; 6.24 – 7.10)
2.1 – Pecados involuntários
As ofertas de holocausto, manjares e pacíficas já estavam presentes entre os crentes do Antigo Testamento desde a época dos patriarcas, e até mesmo desde os dias de Caim e Abel, como se pode ver no quarto capítulo de Gênesis. Todavia, as ofertas pelo pecado (ou purificação) e pela culpa (ou reparação) foram instituídas no Sinai.
Como anotou Donald Stamps na Bíblia de Estudo Pentecostal, Deus requeria o sacrifício pelo pecado cometido por ignorância, fraqueza ou involuntariamente, para que o perdão fosse concedido. Pecados deliberados e insolentes, por outro lado, eram punidos com a pena de morte (Nm 15.30,31; Hb 10.28). Um sacrifício pela culpa, semelhante ao sacrifício pelo pecado, foi provido para quem cometesse pecado ou dano possível de plena restituição. [5]
2.2 – Pecados voluntários
Poderá ser perguntando: mas e no caso dos pecados voluntários, isto é, praticados conscientemente, não havia remissão para eles? Alguns teólogos sugerem que a remissão desses pecados ocorria no grande Dia da Expiação, quando todos os pecados de todos os tipos eram expiados, desde que o povo cumprisse as condições estabelecidas por Deus em Levítico 16 (reverência, jejum e confissão de pecados). Mas a opinião de Beckwith parece mais razoável: “o verdadeiro contraste parece ser não com o pecado consciente, mas com o pecado arrogante e a blasfêmia, para os quais na verdade não há expiação” [6].
Como destacou Russel Champlin, é verdade que todos nós, como também os santos do Antigo Testamento, praticamos pecados voluntários (veja-se, por exemplo, o adultério cometido por Davi, bem como o assassinato premeditado de seu soldado Urias). Se não houvesse expiação por estes pecados, que carne se salvaria? Em todo caso, a ênfase da Lei mosaica recai sobre os pecados involuntários, e o autor da Carta aos Hebreus, tendo a Lei mosaica como pano de fundo, faz ecoar a necessidade de vigilância contra a prática deliberada do pecado: “Se continuarmos a pecar deliberadamente depois que recebemos o conhecimento da verdade, já não resta sacrifício pelos pecados, mas tão-somente uma terrível expectativa de juízo e de fogo intenso que consumirá os inimigos de Deus” (Hb 10.26,27). Portanto, não nos acostumemos com o pecado!
Oremos como sempre como Davi: “Quem pode discernir os próprios erros? Absolve-me dos que desconheço! Também guarda o teu servo dos pecados intencionais; que eles não me dominem! Então serei íntegro, inocente de grande transgressão” (Sl 19.12,13). O sangue de Jesus Cristo é poderoso e nos purifica de todo pecado (1Jo 1.17), desde que busquemos sinceramente refúgio ao pé da cruz.
2.3 – Holocausto, culpa e pecado
A síntese destas ofertas é a seguinte: embora a oferta de holocausto tivesse valor expiatório para pecados gerais, as ofertas pelo pecado e pela culpa tencionam a remissão por pecados específicos dos quais o ofertante tinha plena consciência no ato do sacrifício. Enquanto no holocausto todo o corpo do animal está em evidência, não podendo parte alguma dele ser comido (apesar do sangue ser derramado e da pele ser dada ao sacerdote), nas ofertas pela culpa e pelo pecado, é o sangue da expiação que ganha evidência e partes dos animais oferecidos podem ser tomados pelos sacerdotes – nunca pelos ofertantes – para alimento.
Quanto a uma distinção entre a oferta pelo pecado e a oferta pela culpa, a primeira se caracterizava mais pelo reparo de algum dano causado ao Senhor, enquanto que a oferta pela culpa se caracterizava mais pelo reparo de algum dano causado ao próximo. Neste segundo caso, tanto o arrependimento e a oferta ao Senhor eram devidos, como também a restituição a quem fosse de direito.
2.4 – Cristo tipificado
Em Cristo, temos não só uma oferta pelo nosso pecado, mas também pela nossa culpa; o preço que Jesus pagou na cruz não somente remove a nossa ofensa, como devolve-nos ao nosso Senhor, que nos criou e nos fez para sermos eternamente seus. O pecado que nos fez escravos e o diabo que nos seduzia foram vencidos por Jesus Cristo (Cl 2.13-15), e agora somos a dracma perdida que foi encontrada; a ovelha desgarrada que foi reconduzida ao redil; o filho pródigo a quem o pai recebeu de volta em casa e para quem preparou grande banquete! (Lc 15.1-24)
O profeta Isaías, com riqueza de detalhes já prenunciava a oferta do Cristo para remissão dos nossos pecados, e a nossa culpa que ele carregou sobre si: “Mas ele foi transpassado por causa das nossas transgressões, foi esmagado por causa de nossas iniquidades” (53.5), “o Senhor fez cair sobre ele a iniquidade de todos nós” (v. 6), “por causa da transgressão do meu povo ele foi golpeado” (v. 8), e ainda mais contundentemente aqui: “o Senhor faça da vida dele uma oferta pela culpa” (v. 10) e aqui “porquanto ele derramou sua vida até à morte” (v. 12). A linguagem do versículo 12, ao dizer “ele derramou sua vida até à morte”, também relembra as ofertas de libações (bebidas), que eram derramadas sobre as ofertas de manjares.
Deus esteve em Cristo “perdoando-vos todas as ofensas” (Cl 2.13). Que maravilhosa notícia para os que creem!
3. Uma síntese do Dia da Expiação
Para não nos alongarmos, transcrevemos abaixo um resumo da liturgia do culto levítico no Dia da Expiação, extraída da Bíblia de Estudo Pentecostal. É importante que o professor e o aluno da Escola Dominical leiam na íntegra o capítulo 16 de Levítico.
Nesse dia, o sumo sacerdote, vestia as vestes sagradas, e de início preparava-se mediante um banho cerimonial com água. Em seguida, antes do ato da expiação pelos pecados do povo, ele tinha de oferecer um novilho pelos seus próprios pecados. A seguir, tomava dois bodes e, sobre eles, lançava sortes: um tornava-se o bode do sacrifício, e o outro tornava-se o bode expiatório (16.8). Sacrificava o primeiro bode, levava seu sangue, entrava no Lugar Santíssimo, para além do véu, e aspergia aquele sangue sobre o propiciatório, o qual cobria a arca contendo a lei divina que fora violada pelos israelitas, mas que agora estava coberta pelo sangue, e assim se fazia expiação pelos pecados da nação inteira (16.15,16). Como etapa final, o sacerdote tomava o bode vivo, impunha as mãos sobre a sua cabeça, confessava sobre ele todos os pecados dos israelitas e o enviava ao deserto, simbolizando isto que os pecados deles eram levados para fora do arraial para serem aniquilados no deserto (16.21, 22).
(1) O Dia da Expiação era uma assembleia solene; um dia em que o povo jejuava e se humilhava diante do Senhor (16.31). Esta contrição de Israel salientava a gravidade do pecado e o fato de que a obra divina da expiação era eficaz somente para aqueles de coração arrependido e com fé perseverante (cf. 23.27; Nm 15.30; 29.7).
(2) O Dia da Expiação levava a efeito a expiação por todos os pecados e transgressões não expiados durante o ano anterior (16.16, 21). Precisava ser repetido cada ano da mesma maneira.
CRISTO E O DIA DA EXPIAÇÃO
O Dia da Expiação está repleto de simbolismo que prenuncia a obra de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. No NT, o autor de Hebreus realça o cumprimento, no novo concerto, da tipologia do Dia da Expiação (ver Hb 9.6—10.18)
(1) O fato de que os sacrifícios do AT tinham de ser repetidos anualmente indica que eles eram provisórios. Apontavam para um tempo futuro quando, então, Cristo viria para remover de modo permanente todo o pecado confessado (cf. Hb 9.28; 10.10-18).
(2) Os dois bodes representam a expiação, o perdão, a reconciliação e a purificação consumados por Cristo. O bode que era sacrificado representa a morte vicária e sacrificial de Cristo pelos pecadores, como remissão pelos seus pecados (Rm 3.24-26; Hb 9.11, 12, 24-26). O bode expiatório, conduzido para longe, levando os pecados da nação, tipifica o sacrifício de Cristo, que remove o pecado e a culpa de todos quantos se arrependem (Sl 103.12; Is 53.6,11,12; Jo 1.29; Hb 9.26).
(3) Os sacrifícios no Dia da Expiação proviam uma “cobertura” pelo pecado, e não a remoção do pecado. O sangue de Cristo derramado na cruz, no entanto, é a expiação plena e definitiva que Deus oferece à raça humana; expiação esta que remove o pecado de modo permanente (cf. Hb 10.4, 10, 11). Cristo como sacrifício perfeito (Hb 9.26; 10.5-10) pagou a inteira penalidade dos nossos pecados (Rm 3.25,26; 6.23; Gl 3.13; 2Co 5.21) e levou a efeito o sacrifício expiador que afasta a ira de Deus, que nos reconcilia com Ele e que restaura nossa comunhão com Ele (Rm 5.6-11; 2Co 5.18,19; 1Pe 1.18,19; 1Jo 2.2).
(4) O Lugar Santíssimo onde o sumo sacerdote entrava com sangue, para fazer expiação, representa o trono de Deus no céu. Cristo entrou nesse “Lugar Santíssimo” após sua morte e, com seu próprio sangue, fez expiação para o crente perante o trono de Deus (Êx 30.10; Hb 9.7,8,11,12,24-28).
(5) Visto que os sacrifícios de animais tipificavam o sacrifício perfeito de Cristo pelo pecado e que se cumpriram no sacrifício de Cristo, não há mais necessidade de sacrifícios de animais depois da morte de Cristo na cruz (Hb 9.12-18).
Conclusão
O complexo sistema sacrificial levítico tem seu prazo de validade cumprido na cruz de Cristo Jesus. Deus simplificou tudo no único e legítimo Cordeiro, cujo sacrifício é perfeito e invalida a continuidade dos sacrifícios de animais. O sacrifício de Cristo foi voluntário (ninguém o obrigou), espontâneo (de iniciativa própria) e eficaz para salvação de todo aquele que nele crê. Tamanha é a confiança daquele que crê em Jesus, que ele pode fazer coro com o apóstolo Paulo e perguntar: “Quem intentará acusação contra os escolhidos de Deus? É Deus quem os justifica. Quem os condenará? É Cristo quem morreu” (Rm 8.33,34).
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Referências
[1] Abraão de Almeida. O tabernáculo e a igreja, 3° ed., CPAD, p. 101
[2] Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, CPAD, p. 142
[3] R. T. Beckwith em Novo Dicionário de Teologia Bíblica, Vida, p. 1147
[4] Beckwith, op. cit., p. 1146
[5] Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD, p. 188
[6] Beckwith, op. cit., p. 1148