igreja perseguida
Organização alerta para ameaça sistemática no Paquistão
Paquistão é visado novamente como possível “País de Preocupação Particular”.
A monitoria do governo dos Estados Unidos recomenda que o Departamento de Estado designe mais uma vez o Paquistão como um País de Preocupação Particular (CPC) para violações da liberdade religiosa.
Sobretudo, uma recente onda de ataques contra minorias religiosas no país de maioria muçulmana ressalta uma crescente intolerância religiosa alimentada pelo extremismo e legislação paquistanesa problemática.
De acordo com um relatório da Comissão dos Estados Unidos para a Liberdade Religiosa Internacional (USCIRF), os cristãos, juntamente com membros das comunidades muçulmanas xiitas, muçulmanas Ahmadiyya, hindus e sikhs, enfrentam discriminação social agressiva.
Desta forma, essa descriminação inclui acusações de blasfêmia, assassinatos, linchamentos, violência da máfia, conversões forçadas e a profanação de suas casas de culto. A Lista de Vítimas da Liberdade de Religião ou Crença da USCIRF aponta que 55 indivíduos foram detidos ou presos sob acusação de blasfêmia no Paquistão.
Segundo The Christian Post, sob a legislação do Paquistão, aqueles acusados de blasfêmia enfrentam violência, aprisionamento e até mesmo morte. Em um desses casos, uma enfermeira cristã foi espancada e torturada por funcionários do hospital em Karachi em janeiro de 2021.
“Embora o governo tenha condenado publicamente a violência da máfia, ele pouco fez para proteger minorias religiosas ou fornecer justiça”, diz o relatório.
Além disso, um projeto de lei destinado a proteger minorias religiosas foi contestado pelo Ministério dos Assuntos Religiosos do Paquistão em outubro passado e rejeitado por um comitê parlamentar, que alegou que qualquer limite de idade para conversões de não-muçulmanos “vai contra o Islã e a Constituição do Paquistão”.
Neste sentido, a USCIRF pediu aos legisladores dos EUA que defendam a libertação de prisioneiros religiosos no Paquistão, incluindo Junaid Hafeez, Asif Pervaiz, Stephen Masih, Notan Lal e Aneeqa Atee.